Daniela da Silva Camargo, Júlia Suzana de Oliveira, Mirian Siliane Batista de Souza
{"title":"狗摄入紫菠萝后中毒:病例报告","authors":"Daniela da Silva Camargo, Júlia Suzana de Oliveira, Mirian Siliane Batista de Souza","doi":"10.54265/tgja6487","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"1 INTRODUÇÃO A intoxicação ocorre quando uma substância nociva entra no organismo voluntária ou involuntariamente, podendo ocorrer por meio de ingestão, inalação ou contato direto com a derme. Muitas plantas ornamentais que podem ser encontradas nas casas são tóxicas tanto para seres humanos, quanto para animais domésticos. Com o passar dos anos, mais estudos mostraram que as plantas podem causar intoxicações nos animais e muitas vezes culminando no óbito. Esses quadros ocorrem, pois muitas vezes os tutores não tem conhecimento da toxicidade das plantas e permitem o acesso dos animais a elas. No caso relatado, o animal ingeriu a planta abacaxi roxo (Tradescantia spathacea), uma planta ornamental muito comum, no qual apresentava apenas um relato de intoxicação e cão e nenhum até então em humanos. 2 OBJETIVOS O principal objetivo do presente relato de caso é alertar a comunidade científica sobre mais essa espécie de planta ornamental tóxica, podendo futuramente levar a mais pesquisas para descobrir o princípio tóxico e possível reversão do quadro de intoxicação pela mesma. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Relata o caso clínico de um canino macho da raça Golden Retriever, de 3 anos de idade, 51,3 kg com queixa de vômito amarelado, hiporexia, polidipsia e incoordenação motora dos membros pélvico após ingestão de abacaxi roxo (Tradescantia spathacea). A suspeita diagnóstica foi estabelecida a partir de histórico, anamnese, exame físico associado a exames laboratorias com hemograma, bioquímicos e ultrassonografia. Os exames de sangue não revelaram alteração, ultrassom duodenite com espessamento da parede do duodeno e discreto pregueamento e aumento das dimensões do rim direito, podendo caracterizar início de uma Insuficiência Renal Aguda (IRA). Os demais exames realizados não apresentaram nenhuma alteração significativa. 4 RESULTADOS O animal foi internado para acompanhamento e tratamento suporte com fluidoterapia 2 vezes a manutenção, analgesia, protetores gástricos e hepáticos. Neste mesmo dia de internamento animal apresentou dificuldade visual e um episódio de êmese contendo a planta. Ao longo do dia o quadro se agravou, com episódios de êmese recorrentes e dois episódios convulsivos. No segundo dia animal apresentava decúbito lateral, ainda episódios de êmese e não apresentou convulsão. No decorrer do dia houve piora, o animal estava em estupor, apresentando nistagmo horizontal, movimentos de pedalagem, vocalização e escala de Glasgow 12, evoluindo para hipertermia e uma parada cardiorrespiratória, na qual foram realizadas manobras de reanimação, sem sucesso e o animal veio a óbito. 5 CONCLUSÕES A falta de conhecimento e estudos sobre a toxicidade dessa planta foi extremamente prejudicial para a reversão do quadro de intoxicação do animal. A anamnese foi de total importância para a detecção do agente causador do quadro em que o animal se encontrava. Mais estudos são necessários para um maior conhecimento sobre essa planta e também para evitar futuros óbitos. PALAVRAS-CHAVE: ABACAXI ROXO, CÃO, INTOXICAÇÃ, TRADESCANTIA SPATHACEA","PeriodicalId":165648,"journal":{"name":"Anais do Congresso Online Acadêmico de Medicina Veterinária","volume":"136 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"INTOXICAÇÃO EM CÃO APÓS A INGESTÃO DE TRADESCANTIA SPATHACEA (ABACAXI ROXO): RELATO DE CASO\",\"authors\":\"Daniela da Silva Camargo, Júlia Suzana de Oliveira, Mirian Siliane Batista de Souza\",\"doi\":\"10.54265/tgja6487\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"1 INTRODUÇÃO A intoxicação ocorre quando uma substância nociva entra no organismo voluntária ou involuntariamente, podendo ocorrer por meio de ingestão, inalação ou contato direto com a derme. Muitas plantas ornamentais que podem ser encontradas nas casas são tóxicas tanto para seres humanos, quanto para animais domésticos. Com o passar dos anos, mais estudos mostraram que as plantas podem causar intoxicações nos animais e muitas vezes culminando no óbito. Esses quadros ocorrem, pois muitas vezes os tutores não tem conhecimento da toxicidade das plantas e permitem o acesso dos animais a elas. No caso relatado, o animal ingeriu a planta abacaxi roxo (Tradescantia spathacea), uma planta ornamental muito comum, no qual apresentava apenas um relato de intoxicação e cão e nenhum até então em humanos. 2 OBJETIVOS O principal objetivo do presente relato de caso é alertar a comunidade científica sobre mais essa espécie de planta ornamental tóxica, podendo futuramente levar a mais pesquisas para descobrir o princípio tóxico e possível reversão do quadro de intoxicação pela mesma. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Relata o caso clínico de um canino macho da raça Golden Retriever, de 3 anos de idade, 51,3 kg com queixa de vômito amarelado, hiporexia, polidipsia e incoordenação motora dos membros pélvico após ingestão de abacaxi roxo (Tradescantia spathacea). A suspeita diagnóstica foi estabelecida a partir de histórico, anamnese, exame físico associado a exames laboratorias com hemograma, bioquímicos e ultrassonografia. Os exames de sangue não revelaram alteração, ultrassom duodenite com espessamento da parede do duodeno e discreto pregueamento e aumento das dimensões do rim direito, podendo caracterizar início de uma Insuficiência Renal Aguda (IRA). Os demais exames realizados não apresentaram nenhuma alteração significativa. 4 RESULTADOS O animal foi internado para acompanhamento e tratamento suporte com fluidoterapia 2 vezes a manutenção, analgesia, protetores gástricos e hepáticos. Neste mesmo dia de internamento animal apresentou dificuldade visual e um episódio de êmese contendo a planta. Ao longo do dia o quadro se agravou, com episódios de êmese recorrentes e dois episódios convulsivos. No segundo dia animal apresentava decúbito lateral, ainda episódios de êmese e não apresentou convulsão. No decorrer do dia houve piora, o animal estava em estupor, apresentando nistagmo horizontal, movimentos de pedalagem, vocalização e escala de Glasgow 12, evoluindo para hipertermia e uma parada cardiorrespiratória, na qual foram realizadas manobras de reanimação, sem sucesso e o animal veio a óbito. 5 CONCLUSÕES A falta de conhecimento e estudos sobre a toxicidade dessa planta foi extremamente prejudicial para a reversão do quadro de intoxicação do animal. A anamnese foi de total importância para a detecção do agente causador do quadro em que o animal se encontrava. Mais estudos são necessários para um maior conhecimento sobre essa planta e também para evitar futuros óbitos. PALAVRAS-CHAVE: ABACAXI ROXO, CÃO, INTOXICAÇÃ, TRADESCANTIA SPATHACEA\",\"PeriodicalId\":165648,\"journal\":{\"name\":\"Anais do Congresso Online Acadêmico de Medicina Veterinária\",\"volume\":\"136 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-03-21\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Anais do Congresso Online Acadêmico de Medicina Veterinária\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.54265/tgja6487\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do Congresso Online Acadêmico de Medicina Veterinária","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.54265/tgja6487","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
INTOXICAÇÃO EM CÃO APÓS A INGESTÃO DE TRADESCANTIA SPATHACEA (ABACAXI ROXO): RELATO DE CASO
1 INTRODUÇÃO A intoxicação ocorre quando uma substância nociva entra no organismo voluntária ou involuntariamente, podendo ocorrer por meio de ingestão, inalação ou contato direto com a derme. Muitas plantas ornamentais que podem ser encontradas nas casas são tóxicas tanto para seres humanos, quanto para animais domésticos. Com o passar dos anos, mais estudos mostraram que as plantas podem causar intoxicações nos animais e muitas vezes culminando no óbito. Esses quadros ocorrem, pois muitas vezes os tutores não tem conhecimento da toxicidade das plantas e permitem o acesso dos animais a elas. No caso relatado, o animal ingeriu a planta abacaxi roxo (Tradescantia spathacea), uma planta ornamental muito comum, no qual apresentava apenas um relato de intoxicação e cão e nenhum até então em humanos. 2 OBJETIVOS O principal objetivo do presente relato de caso é alertar a comunidade científica sobre mais essa espécie de planta ornamental tóxica, podendo futuramente levar a mais pesquisas para descobrir o princípio tóxico e possível reversão do quadro de intoxicação pela mesma. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Relata o caso clínico de um canino macho da raça Golden Retriever, de 3 anos de idade, 51,3 kg com queixa de vômito amarelado, hiporexia, polidipsia e incoordenação motora dos membros pélvico após ingestão de abacaxi roxo (Tradescantia spathacea). A suspeita diagnóstica foi estabelecida a partir de histórico, anamnese, exame físico associado a exames laboratorias com hemograma, bioquímicos e ultrassonografia. Os exames de sangue não revelaram alteração, ultrassom duodenite com espessamento da parede do duodeno e discreto pregueamento e aumento das dimensões do rim direito, podendo caracterizar início de uma Insuficiência Renal Aguda (IRA). Os demais exames realizados não apresentaram nenhuma alteração significativa. 4 RESULTADOS O animal foi internado para acompanhamento e tratamento suporte com fluidoterapia 2 vezes a manutenção, analgesia, protetores gástricos e hepáticos. Neste mesmo dia de internamento animal apresentou dificuldade visual e um episódio de êmese contendo a planta. Ao longo do dia o quadro se agravou, com episódios de êmese recorrentes e dois episódios convulsivos. No segundo dia animal apresentava decúbito lateral, ainda episódios de êmese e não apresentou convulsão. No decorrer do dia houve piora, o animal estava em estupor, apresentando nistagmo horizontal, movimentos de pedalagem, vocalização e escala de Glasgow 12, evoluindo para hipertermia e uma parada cardiorrespiratória, na qual foram realizadas manobras de reanimação, sem sucesso e o animal veio a óbito. 5 CONCLUSÕES A falta de conhecimento e estudos sobre a toxicidade dessa planta foi extremamente prejudicial para a reversão do quadro de intoxicação do animal. A anamnese foi de total importância para a detecção do agente causador do quadro em que o animal se encontrava. Mais estudos são necessários para um maior conhecimento sobre essa planta e também para evitar futuros óbitos. PALAVRAS-CHAVE: ABACAXI ROXO, CÃO, INTOXICAÇÃ, TRADESCANTIA SPATHACEA