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A PERFORMANCE DA TRANSEXUAL CRUCIFICADA COMO ATO RESPONSÁVEL: ÉTICA E ESTÉTICA
Este artigo objetiva discutir questões discursivas, éticas e estéticas na performance artística da atriz e modelo transexual Viviany Beleboni à ocasião das 19ª, 20ª e 21ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo em 2015, 2016 e 2017, respectivamente. O trabalho se baseia nas noções de performatividade de gênero, conforme desenvolvido por Judith Butler. Além da performance da atriz, analisam-se também enunciados propagados pela mídia nas ocasiões mencionadas. A análise destaca a produção e manutenção de discursos violentos, transfóbicos, capazes de subalternizar e ferir pessoas trans por meio da linguagem, o que permite evidenciar como a dicotomização de diferentes aspectos identitários pode beneficiar um grupo em detrimento de outros. Os campos político e religioso discursam em favor de lugares distintos que separam um grupo do outro. Demarcam posições dos sujeitos em sociedade. Percebeu-se que tais discursos objetivavam demarcar as diferenças e constroem identidades por meio da exclusão e marginalização, utilizando-se de visão estereotipada do grupo, tido por eles como não pertencente à sociedade.