L. L. Galiotti, M. Machado, G. Gonçalves, P. Hoffmann, M. Negreiros-Fransozo
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Foram coletados 6977 espécimes; dos quais, somente parte deles foi analisada, ou seja, 539 eram fêmeas (481 ovígeras) e 1190 machos. Todas as relações testadas entre os grupos do mesmo sexo diferiram entre si (ANCOVA; p=0,00). Entre as relações testadas, aquelas que melhor refletiram o crescimento relativo da espécie foram CC vs. CP, CC vs. CASM e CC vs. LASM. A maturidade sexual morfológica das fêmeas (CC50%) obtida foi 2,29 mm; a qual é menor do que o valor da menor fêmea ovígera (3,2 mm CC). Os machos foram separados em três morfotipos, sendo um para jovens e dois para adultos (Morf. I e Morf. II). A relação CC vs. CASM representa melhor as separações entre morfotipos e maturidade sexual. A maturidade sexual (CC50%) encontrada para os machos foi 2,73 mm de CC. Os resultados mostram que as fêmeas atingem a maturidade sexual em tamanhos numéricos menores que os machos, cuja diferença é de 0,44mm. Apesar de estes camarões serem bem pequenos (comparado com outros carídeos), tal diferença é muito pequena para se considerar que a maturidade, entre os sexos, seja diferente do ponto de vista biológico. Por outro lado, a literatura aponta que, entre os camarões de água doce, é comum que os machos atinjam maiores dimensões, provavelmente, assegurando a cópula e garantindo a competição intraespecífica. O aparecimento de machos com morfotipos é uma questão intrigante, pois se observa que camarões com tamanhos similares (Morf. I = 3.36 ± 0,29mm; Morf. II = 3.46 ± 0,26mm) podem apresentar o comprimento do apêndice sexual masculino distinto (Morf. I=3,76 ± 0,55mm; Morf. II 5.56 ± 0,65mm). 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MATURIDADE SEXUAL DE POTIMIRIM BRASILIANA (CARIDEA, ATYIDAE) DE UM RIACHO NA REGIÃO DE UBATUBA, SÃO PAULO, BRASIL
Os aspectos biológicos dos camarões carídeos são pouco conhecidos, particularmente, quando as espécies não apresentam interesse econômico, como é o caso de Potimirim brasiliana Villalobos, 1959. Desse modo, estudouse a maturidade sexual morfológica de uma população de P. brasiliana, proveniente de um riacho do Bairro de Camburi, Ubatuba, São Paulo, Brasil. Os camarões foram amostrados, mensalmente, de março de 2005 a fevereiro de 2006, utilizando-se peneiras manuais, junto às rochas. Analisou-se o comprimento da carapaça (CC), comprimento da segunda pleura (CP), comprimento (CASM) e largura (LASM) do apêndice sexual masculino, por meio do crescimento relativo destas dimensões. Foram coletados 6977 espécimes; dos quais, somente parte deles foi analisada, ou seja, 539 eram fêmeas (481 ovígeras) e 1190 machos. Todas as relações testadas entre os grupos do mesmo sexo diferiram entre si (ANCOVA; p=0,00). Entre as relações testadas, aquelas que melhor refletiram o crescimento relativo da espécie foram CC vs. CP, CC vs. CASM e CC vs. LASM. A maturidade sexual morfológica das fêmeas (CC50%) obtida foi 2,29 mm; a qual é menor do que o valor da menor fêmea ovígera (3,2 mm CC). Os machos foram separados em três morfotipos, sendo um para jovens e dois para adultos (Morf. I e Morf. II). A relação CC vs. CASM representa melhor as separações entre morfotipos e maturidade sexual. A maturidade sexual (CC50%) encontrada para os machos foi 2,73 mm de CC. Os resultados mostram que as fêmeas atingem a maturidade sexual em tamanhos numéricos menores que os machos, cuja diferença é de 0,44mm. Apesar de estes camarões serem bem pequenos (comparado com outros carídeos), tal diferença é muito pequena para se considerar que a maturidade, entre os sexos, seja diferente do ponto de vista biológico. Por outro lado, a literatura aponta que, entre os camarões de água doce, é comum que os machos atinjam maiores dimensões, provavelmente, assegurando a cópula e garantindo a competição intraespecífica. O aparecimento de machos com morfotipos é uma questão intrigante, pois se observa que camarões com tamanhos similares (Morf. I = 3.36 ± 0,29mm; Morf. II = 3.46 ± 0,26mm) podem apresentar o comprimento do apêndice sexual masculino distinto (Morf. I=3,76 ± 0,55mm; Morf. II 5.56 ± 0,65mm). Aparentemente, os morfotipos possuem funções distintas na reprodução; contudo somente estudos comportamentais detalhados poderão esclarecer tal função.