{"title":"julian Fuks和必不可少的抵抗艺术","authors":"Natali Fabiana da Costa e Silva","doi":"10.18468/letras.2018v8n3.p253-256","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Publicada em 2015, a obra A resistência, de Julián Fuks, se inscreve na perspectiva da memória e revela um complexo jogo entre ficção e realidade. Foi qualificada pelos críticos literários como autoficção porque “rompe com o princípio de veracidade” sem, contudo, “aderir integralmente ao princípio da invenção” (FAEDRICH, 2015, p.46). É nessa intersecção entre o real e o ficcional que o narrador Sebastián, no ato de escrever um livro sobre seu irmão adotivo, tece nas malhas da narrativa sua vida familiar, o período turbulento da ditadura, o exílio dos pais, que tiveram de deixar a Argentina devido à perseguição política. Na convergência entre o “verdadeiro” e o “fabuloso”, escritor e narrador se confundem e a ficção coteja a realidade, pois Fuks, nascido em São Paulo em 1981, é filho de argentinos exilados e também tem um irmão adotado.","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-09-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Julián Fuks e a imprescindível arte de resistir\",\"authors\":\"Natali Fabiana da Costa e Silva\",\"doi\":\"10.18468/letras.2018v8n3.p253-256\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Publicada em 2015, a obra A resistência, de Julián Fuks, se inscreve na perspectiva da memória e revela um complexo jogo entre ficção e realidade. Foi qualificada pelos críticos literários como autoficção porque “rompe com o princípio de veracidade” sem, contudo, “aderir integralmente ao princípio da invenção” (FAEDRICH, 2015, p.46). É nessa intersecção entre o real e o ficcional que o narrador Sebastián, no ato de escrever um livro sobre seu irmão adotivo, tece nas malhas da narrativa sua vida familiar, o período turbulento da ditadura, o exílio dos pais, que tiveram de deixar a Argentina devido à perseguição política. Na convergência entre o “verdadeiro” e o “fabuloso”, escritor e narrador se confundem e a ficção coteja a realidade, pois Fuks, nascido em São Paulo em 1981, é filho de argentinos exilados e também tem um irmão adotado.\",\"PeriodicalId\":441324,\"journal\":{\"name\":\"Letras Escreve\",\"volume\":\"1 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-09-09\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Letras Escreve\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.18468/letras.2018v8n3.p253-256\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Letras Escreve","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18468/letras.2018v8n3.p253-256","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Publicada em 2015, a obra A resistência, de Julián Fuks, se inscreve na perspectiva da memória e revela um complexo jogo entre ficção e realidade. Foi qualificada pelos críticos literários como autoficção porque “rompe com o princípio de veracidade” sem, contudo, “aderir integralmente ao princípio da invenção” (FAEDRICH, 2015, p.46). É nessa intersecção entre o real e o ficcional que o narrador Sebastián, no ato de escrever um livro sobre seu irmão adotivo, tece nas malhas da narrativa sua vida familiar, o período turbulento da ditadura, o exílio dos pais, que tiveram de deixar a Argentina devido à perseguição política. Na convergência entre o “verdadeiro” e o “fabuloso”, escritor e narrador se confundem e a ficção coteja a realidade, pois Fuks, nascido em São Paulo em 1981, é filho de argentinos exilados e também tem um irmão adotado.