{"title":"“每次母乳喂养都是一种疫苗”:covid-19背景下的母乳喂养和抗体","authors":"M. Nucci, F. V. Alzuguir","doi":"10.5007/2175-8034.2023.e85246","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"\n\n\nA amamentação e o leite humano são permeados por diversos sentidos. Entre eles, a referência ao leite materno como amor líquido, ou a noção de que ele seria dotado de qualidades medicinais (sobretudo imunológicas), funcionando como uma espécie de vacina. Há também a noção do leite como contaminante, por ser uma substância corporal passível de transmitir alguns vírus, como o HIV. Tais noções adquirem novos contornos com a pandemia de Covid-19, como observamos nos debates sobre a possibilidade ou não de transmissão do vírus e/ou anticorpos da doença pelo leite. Assim, analisamos diferentes materiais, como reportagens em jornais e postagens em redes sociais, investigando como tais noções em torno do leite humano – veículo do amor, imunizante, ou contaminante – são mobilizadas. Por fim, refletimos sobre a produção de biossocialidades a partir do movimento Lactantes pela vacina, que reivindicou prioridade de vacinação para lactantes utilizando o slogan “uma vacina protege dois”. \n\n\n","PeriodicalId":265208,"journal":{"name":"Ilha Revista de Antropologia","volume":"45 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"“Cada mamada é uma vacina”: amamentação e anticorpos no contexto da covid-19\",\"authors\":\"M. Nucci, F. V. Alzuguir\",\"doi\":\"10.5007/2175-8034.2023.e85246\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"\\n\\n\\nA amamentação e o leite humano são permeados por diversos sentidos. Entre eles, a referência ao leite materno como amor líquido, ou a noção de que ele seria dotado de qualidades medicinais (sobretudo imunológicas), funcionando como uma espécie de vacina. Há também a noção do leite como contaminante, por ser uma substância corporal passível de transmitir alguns vírus, como o HIV. Tais noções adquirem novos contornos com a pandemia de Covid-19, como observamos nos debates sobre a possibilidade ou não de transmissão do vírus e/ou anticorpos da doença pelo leite. Assim, analisamos diferentes materiais, como reportagens em jornais e postagens em redes sociais, investigando como tais noções em torno do leite humano – veículo do amor, imunizante, ou contaminante – são mobilizadas. Por fim, refletimos sobre a produção de biossocialidades a partir do movimento Lactantes pela vacina, que reivindicou prioridade de vacinação para lactantes utilizando o slogan “uma vacina protege dois”. \\n\\n\\n\",\"PeriodicalId\":265208,\"journal\":{\"name\":\"Ilha Revista de Antropologia\",\"volume\":\"45 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-01-19\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Ilha Revista de Antropologia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2023.e85246\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Ilha Revista de Antropologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-8034.2023.e85246","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
“Cada mamada é uma vacina”: amamentação e anticorpos no contexto da covid-19
A amamentação e o leite humano são permeados por diversos sentidos. Entre eles, a referência ao leite materno como amor líquido, ou a noção de que ele seria dotado de qualidades medicinais (sobretudo imunológicas), funcionando como uma espécie de vacina. Há também a noção do leite como contaminante, por ser uma substância corporal passível de transmitir alguns vírus, como o HIV. Tais noções adquirem novos contornos com a pandemia de Covid-19, como observamos nos debates sobre a possibilidade ou não de transmissão do vírus e/ou anticorpos da doença pelo leite. Assim, analisamos diferentes materiais, como reportagens em jornais e postagens em redes sociais, investigando como tais noções em torno do leite humano – veículo do amor, imunizante, ou contaminante – são mobilizadas. Por fim, refletimos sobre a produção de biossocialidades a partir do movimento Lactantes pela vacina, que reivindicou prioridade de vacinação para lactantes utilizando o slogan “uma vacina protege dois”.