Multiletramentos com tecnologias digitais da informação e comunicação

O presente trabalho visa construir uma reflexão de como as práticas da pedagogia dos multiletramentos fundamentada no “New London Group” podem contribuir para a construção de novas práticas no espaço escolar que se relacionem com as nossas competências em ler o mundo a partir das mídias. Assim como, compreender como tais processos podem possibilitar a autonomia e libertação do sujeito para um posicionamento crítico diante das lógicas dominantes. Bifo (2003), Lipovetsky (2011), Freire (2014), Hall (2013), Martin-Barbeiro (1997; 2000; 2007) e Cope e Kalantzis (2009) e Buckingham (2010) são autores que auxiliam na reflexão de uma sociedade digitalizada em que os sujeitos participam ativamente das transformações cognitivas que desterritorializam as práticas socioculturais e modificam as relações com a sociedade e os dispositivos comunicativos. Desta forma, foi possível inferir que é preciso remodelar as estratégias de ensino e aprendizagem, considerando as fissuras provocadas pela dinâmica da sociedade digital, e que as novas práticas que envolvem os multiletramentos, podem contribuir na renegociação de práticas pedagógicas que considerem os espaços que os sujeitos ocupam na sociedade, na cultura e na escola, transformando a educação em um processo autônomo e em um instrumento de libertação.