{"title":"莫阿西尔·斯克利尔(Moacyr Scliar)的《花园中的半人马座》(the centauro in the garden)被重新解读为“共存”的学习过程","authors":"S. Levemfous","doi":"10.13102/LM.V11I2.6263","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":" “Aprender a ser e a viver junto” é um processo primeiro interno. Algo que precisa ser equacionado e desejado pelo indivíduo antes de se tornar um investimento social, coletivo ou intercultural. Propomos uma visita ao romance de Moacyr Scliar O Centauro no jardim, que este ano completa quarenta anos desde sua primeira publicação e é, seguramente, um dos mais celebrados de seu repertório. Ao longo de uma narrativa ora fantástica ora verossímil, o protagonista faz uma espécie de percurso de autoconhecimento, uma viagem em um mundo interno. De certo modo, na acepção de Jung, um processo de individuação que ressignifica seu mundo relacional. A temática das obras de Scliar toca, sobretudo, na questão da imigração judaica no Brasil e na adaptação e integração desses imigrantes à sociedade brasileira. Para tanto, Scliar faz uso do humor e de certa leveza ao tecer personagens não exatamente confortáveis em seus contextos e muitas vezes em conflito interno. Personagens que tentam compreender sua condição identitária levando em conta traços de memórias, heranças culturais e a nova realidade que os cercam. É o caso de Guedali (judeu, gaúcho, brasileiro... um centauro?), que em meio a descobertas e deslocamentos espaciais percebe que sua condição múltipla pode não ser uma aberração, mas um atributo.","PeriodicalId":346819,"journal":{"name":"Revista Légua & Meia","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-06-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Uma releitura de O centauro no jardim, de Moacyr Scliar, como processo de aprendizagem para o “ser e viver junto”\",\"authors\":\"S. Levemfous\",\"doi\":\"10.13102/LM.V11I2.6263\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\" “Aprender a ser e a viver junto” é um processo primeiro interno. Algo que precisa ser equacionado e desejado pelo indivíduo antes de se tornar um investimento social, coletivo ou intercultural. Propomos uma visita ao romance de Moacyr Scliar O Centauro no jardim, que este ano completa quarenta anos desde sua primeira publicação e é, seguramente, um dos mais celebrados de seu repertório. Ao longo de uma narrativa ora fantástica ora verossímil, o protagonista faz uma espécie de percurso de autoconhecimento, uma viagem em um mundo interno. De certo modo, na acepção de Jung, um processo de individuação que ressignifica seu mundo relacional. A temática das obras de Scliar toca, sobretudo, na questão da imigração judaica no Brasil e na adaptação e integração desses imigrantes à sociedade brasileira. Para tanto, Scliar faz uso do humor e de certa leveza ao tecer personagens não exatamente confortáveis em seus contextos e muitas vezes em conflito interno. Personagens que tentam compreender sua condição identitária levando em conta traços de memórias, heranças culturais e a nova realidade que os cercam. É o caso de Guedali (judeu, gaúcho, brasileiro... um centauro?), que em meio a descobertas e deslocamentos espaciais percebe que sua condição múltipla pode não ser uma aberração, mas um atributo.\",\"PeriodicalId\":346819,\"journal\":{\"name\":\"Revista Légua & Meia\",\"volume\":\"12 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-06-13\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Légua & Meia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.13102/LM.V11I2.6263\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Légua & Meia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.13102/LM.V11I2.6263","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Uma releitura de O centauro no jardim, de Moacyr Scliar, como processo de aprendizagem para o “ser e viver junto”
“Aprender a ser e a viver junto” é um processo primeiro interno. Algo que precisa ser equacionado e desejado pelo indivíduo antes de se tornar um investimento social, coletivo ou intercultural. Propomos uma visita ao romance de Moacyr Scliar O Centauro no jardim, que este ano completa quarenta anos desde sua primeira publicação e é, seguramente, um dos mais celebrados de seu repertório. Ao longo de uma narrativa ora fantástica ora verossímil, o protagonista faz uma espécie de percurso de autoconhecimento, uma viagem em um mundo interno. De certo modo, na acepção de Jung, um processo de individuação que ressignifica seu mundo relacional. A temática das obras de Scliar toca, sobretudo, na questão da imigração judaica no Brasil e na adaptação e integração desses imigrantes à sociedade brasileira. Para tanto, Scliar faz uso do humor e de certa leveza ao tecer personagens não exatamente confortáveis em seus contextos e muitas vezes em conflito interno. Personagens que tentam compreender sua condição identitária levando em conta traços de memórias, heranças culturais e a nova realidade que os cercam. É o caso de Guedali (judeu, gaúcho, brasileiro... um centauro?), que em meio a descobertas e deslocamentos espaciais percebe que sua condição múltipla pode não ser uma aberração, mas um atributo.