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Turismo diaspórico, teste de DNA e cozinhas: experiência gastronômica de consumidores de uma agência de turismo afrocentrada
A quantidade de laboratórios que oferecem testes de DNA para que a pessoa descubra sua ancestralidade tem aumentado, entretanto, seus resultados acabam por ser descolados da uma “identidade cultural” por apenas sinalizarem locais de origem. (PESSÔA, 2020). Preenchendo essa lacuna, uma agência de turismo afrocentrada brasileira começou a oferecer, durante a pandemia, um produto que agrega uma celebração completa, acrescentando ao resultado do teste experiências que conectam a pessoa negra ao local de onde seus ancestrais vieram. Um dos itens que compõem essa experiência é um jantar, objeto de estudo do presente artigo. O trabalho tem como objetivo discutir a experiência gastronômica de consumidores do jantar com comida típica da região africana resultante do teste de DNA oferecido por uma agência de turismo afrocentrada. É uma pesquisa qualitativa que teve como técnica de coleta de dados entrevista. Foram entrevistados cinco clientes da referida agência, sua proprietária e a chef de cozinha que prepara os pratos degustados. Como resultado, a pesquisa percebeu que os entrevistados já haviam se interessado por cozinhas africanas antes mesmo de realizar o teste, mas sua busca por essa culinária se tornou mais intensa a partir da experiência. Os clientes relataram que gostaram bastante da comida oferecida e que se sentiram contemplando suas ancestralidades ao se alimentar de acordo com o resultado de seus testes, mostrando como a gastronomia atua como marcador identitário. Ademais, relataram que pretendem viajar aos locais sinalizados no resultado em momento oportuno, estando interessados no turismo diaspórico.