{"title":"国家主体的个性化模式及其在身份识别过程中的登记","authors":"É. Fragoso","doi":"10.29327/211038.1.1-7","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste texto – em que refletimos sobre o processo de identificacao e o modo de individuacao do sujeito pelo Estado nacional, no seculo XIX, a partir da instituicao literaria romântica brasileira – trouxemos, primeiramente, o desdobramento teorico que Orlandi (1999) procedeu em torno do conceito de sujeito (a relacao entre individuo/sujeito), inicialmente, formulado por Pecheux, na Analise de Discurso, na decada de 60. Considerando que ocorre uma individuacao historica da forma-sujeito em funcao da insercao do sujeito nas relacoes sociais regidas pelas instituicoes que sao reguladas pelo Estado (Magalhaes e Mariani, 2010), fazemo-nos a seguinte pergunta: Como o discurso romântico, pratica da instituicao literaria brasileira, individuava esse sujeito, como nacional, significado como filho da nacao brasileira, e nao como cidadao, critico? Esta e a questao norteadora deste trabalho. Em relacao ao autor romântico – e partimos, inicialmente, das formulacoes de Barthes (2004) acerca desta nocao – este era individualizado, historicamente falando, como quem estava com a “verdade”, aquele que determinava o sentido da obra, e esse sentido era, evidentemente, o sentido certo, o verdadeiro. Ele tinha direitos sobre o leitor, isto e, o que o autor romântico falava era algo sagrado, inquestionavel. A sociedade conferia este prestigio ao autor, em materia de literatura, no seculo XIX. Mais do que isso, do ponto de vista da Analise de Discurso pecheuxtiana, este sujeito falava da (ocupava a) posicao sujeito-autor da lingua nacional.","PeriodicalId":168518,"journal":{"name":"Revista Culturas & Fronteiras","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-09-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O modo de individuação do sujeito nacional e sua inscrição no processo de identificação\",\"authors\":\"É. Fragoso\",\"doi\":\"10.29327/211038.1.1-7\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Neste texto – em que refletimos sobre o processo de identificacao e o modo de individuacao do sujeito pelo Estado nacional, no seculo XIX, a partir da instituicao literaria romântica brasileira – trouxemos, primeiramente, o desdobramento teorico que Orlandi (1999) procedeu em torno do conceito de sujeito (a relacao entre individuo/sujeito), inicialmente, formulado por Pecheux, na Analise de Discurso, na decada de 60. Considerando que ocorre uma individuacao historica da forma-sujeito em funcao da insercao do sujeito nas relacoes sociais regidas pelas instituicoes que sao reguladas pelo Estado (Magalhaes e Mariani, 2010), fazemo-nos a seguinte pergunta: Como o discurso romântico, pratica da instituicao literaria brasileira, individuava esse sujeito, como nacional, significado como filho da nacao brasileira, e nao como cidadao, critico? Esta e a questao norteadora deste trabalho. Em relacao ao autor romântico – e partimos, inicialmente, das formulacoes de Barthes (2004) acerca desta nocao – este era individualizado, historicamente falando, como quem estava com a “verdade”, aquele que determinava o sentido da obra, e esse sentido era, evidentemente, o sentido certo, o verdadeiro. Ele tinha direitos sobre o leitor, isto e, o que o autor romântico falava era algo sagrado, inquestionavel. A sociedade conferia este prestigio ao autor, em materia de literatura, no seculo XIX. Mais do que isso, do ponto de vista da Analise de Discurso pecheuxtiana, este sujeito falava da (ocupava a) posicao sujeito-autor da lingua nacional.\",\"PeriodicalId\":168518,\"journal\":{\"name\":\"Revista Culturas & Fronteiras\",\"volume\":\"12 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2019-09-14\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Culturas & Fronteiras\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.29327/211038.1.1-7\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Culturas & Fronteiras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.29327/211038.1.1-7","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O modo de individuação do sujeito nacional e sua inscrição no processo de identificação
Neste texto – em que refletimos sobre o processo de identificacao e o modo de individuacao do sujeito pelo Estado nacional, no seculo XIX, a partir da instituicao literaria romântica brasileira – trouxemos, primeiramente, o desdobramento teorico que Orlandi (1999) procedeu em torno do conceito de sujeito (a relacao entre individuo/sujeito), inicialmente, formulado por Pecheux, na Analise de Discurso, na decada de 60. Considerando que ocorre uma individuacao historica da forma-sujeito em funcao da insercao do sujeito nas relacoes sociais regidas pelas instituicoes que sao reguladas pelo Estado (Magalhaes e Mariani, 2010), fazemo-nos a seguinte pergunta: Como o discurso romântico, pratica da instituicao literaria brasileira, individuava esse sujeito, como nacional, significado como filho da nacao brasileira, e nao como cidadao, critico? Esta e a questao norteadora deste trabalho. Em relacao ao autor romântico – e partimos, inicialmente, das formulacoes de Barthes (2004) acerca desta nocao – este era individualizado, historicamente falando, como quem estava com a “verdade”, aquele que determinava o sentido da obra, e esse sentido era, evidentemente, o sentido certo, o verdadeiro. Ele tinha direitos sobre o leitor, isto e, o que o autor romântico falava era algo sagrado, inquestionavel. A sociedade conferia este prestigio ao autor, em materia de literatura, no seculo XIX. Mais do que isso, do ponto de vista da Analise de Discurso pecheuxtiana, este sujeito falava da (ocupava a) posicao sujeito-autor da lingua nacional.