{"title":"小动物肿瘤手术的基本原理。","authors":"Pedro Gustavo Cavalcante Rego","doi":"10.54265/preg7276","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A ressecção cirúrgica é a mais antiga terapia que apresenta efetivo controle da evolução de um câncer, seus primeiros príncipios, normas e recomendações foram instituidos no século XlX por William Halsted e desde essa época, a cirurgia oncológica vem aperfeiçoando-se em busca de garantir o melhor tratamento para os diversos pacientes. Dessa forma, o presente trabalho objetivou destacar os princípios e métodos gerais da intervenção cirúrgica em pacientes oncológicos através de pesquisa bibliográfica em artigos científicos, teses e monografias sobre o assunto. A cirurgia oncológica tem como objetivo principal realizar a resseccção completa do tumor atentando-se a sua capacidade de invasão tecidual e, dessa forma, obedecendo margens de segurança ao realizar a extração. De forma geral, aconselha-se distâncias de 1 a 3 cm em todas as direções, inclusive em profundidade. Todavia, a técnica a ser utilizada baseia-se no tipo da neoplasia, tamanho e a região onde se encontra, portanto, pode-se classificar a excisão de acordo com a dissecação tecidual realizada, variando entre intracapsular, marginal, ampla e radical. A ressecção intracapsular ocorrerá quando houver dissecação da pseudocápsula, nessa técnica haverá uma redução do tumor, porém, persistirá doença macroscópica no sítio cirúrgico. Tem-se uma ressecção marginal quando há extração do tumor próximo a pseudocápsula, neste método, pode-se observar, ainda, doença microscópica residual. A ressecção marginal e a ressecção intracapsular só são indicadas em casos onde não é possível retirar o tumor completamente ou o mesmo é de natureza benigna. Na técnica cirúrgica ampla, o tumor será removido com a segurança da margem de tecido normal completa enquanto a radical consistirá na retirada da estrutura anatômica que contém o tumor. Outro princípio fundamental para obter sucesso na cirurgia oncológica é a manipulação delicada dos tecidos neoplásicos, pois, o manuseio do tecido tumoral pode resultar no desprendimento de células neoplásicas dentro da região onde está ocorrendo o procedimento cirúrgico. Além disso, as células neoplásicas também estão presentes na circulação sanguínea, dessa forma, é imprescindível que haja uma hemostasia precoce dos vasos sanguíenos no momento da resseccção buscando evitar o derramamento destas células através do sangue no sítio cirúrgico. Observa-se também, que, a cirurgia oncológica dispões de diversas finalidades, sendo elas: Diagnóstico, pois, a biópsia ou extração cirúrgica é seguida de avaliação histopatológica, dessa forma, pode-se classificar o tumor, estabelecer terapias e ter um prognóstico. Tratamento, onde pode-se realizar ressescção do tumor primário ou de doença metastática, retirada de linfonodos regionais, ou até, intervenção cirúrgica com fim paliativo. Por último, objetivando prevenção, por exemplo, no caso da castração das fêmeas para prevenir a formação de neoplasias mamárias. Por fim, diante dos fatos apresentados anteriormente, podemos observar que a cirurgia oncológica é de suma importância quando se busca garantir longevidade e saúde aos pacientes, além disso, seus princípios são bem fundamentados cientificamente e quando aplicados de forma correta, contribuem imensamente com o sucesso dos procedimentos cirúrgicos. Resumo - Sem apresentação. 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Princípios fundamentais da cirurgia oncológica em pequenos animais.
A ressecção cirúrgica é a mais antiga terapia que apresenta efetivo controle da evolução de um câncer, seus primeiros príncipios, normas e recomendações foram instituidos no século XlX por William Halsted e desde essa época, a cirurgia oncológica vem aperfeiçoando-se em busca de garantir o melhor tratamento para os diversos pacientes. Dessa forma, o presente trabalho objetivou destacar os princípios e métodos gerais da intervenção cirúrgica em pacientes oncológicos através de pesquisa bibliográfica em artigos científicos, teses e monografias sobre o assunto. A cirurgia oncológica tem como objetivo principal realizar a resseccção completa do tumor atentando-se a sua capacidade de invasão tecidual e, dessa forma, obedecendo margens de segurança ao realizar a extração. De forma geral, aconselha-se distâncias de 1 a 3 cm em todas as direções, inclusive em profundidade. Todavia, a técnica a ser utilizada baseia-se no tipo da neoplasia, tamanho e a região onde se encontra, portanto, pode-se classificar a excisão de acordo com a dissecação tecidual realizada, variando entre intracapsular, marginal, ampla e radical. A ressecção intracapsular ocorrerá quando houver dissecação da pseudocápsula, nessa técnica haverá uma redução do tumor, porém, persistirá doença macroscópica no sítio cirúrgico. Tem-se uma ressecção marginal quando há extração do tumor próximo a pseudocápsula, neste método, pode-se observar, ainda, doença microscópica residual. A ressecção marginal e a ressecção intracapsular só são indicadas em casos onde não é possível retirar o tumor completamente ou o mesmo é de natureza benigna. Na técnica cirúrgica ampla, o tumor será removido com a segurança da margem de tecido normal completa enquanto a radical consistirá na retirada da estrutura anatômica que contém o tumor. Outro princípio fundamental para obter sucesso na cirurgia oncológica é a manipulação delicada dos tecidos neoplásicos, pois, o manuseio do tecido tumoral pode resultar no desprendimento de células neoplásicas dentro da região onde está ocorrendo o procedimento cirúrgico. Além disso, as células neoplásicas também estão presentes na circulação sanguínea, dessa forma, é imprescindível que haja uma hemostasia precoce dos vasos sanguíenos no momento da resseccção buscando evitar o derramamento destas células através do sangue no sítio cirúrgico. Observa-se também, que, a cirurgia oncológica dispões de diversas finalidades, sendo elas: Diagnóstico, pois, a biópsia ou extração cirúrgica é seguida de avaliação histopatológica, dessa forma, pode-se classificar o tumor, estabelecer terapias e ter um prognóstico. Tratamento, onde pode-se realizar ressescção do tumor primário ou de doença metastática, retirada de linfonodos regionais, ou até, intervenção cirúrgica com fim paliativo. Por último, objetivando prevenção, por exemplo, no caso da castração das fêmeas para prevenir a formação de neoplasias mamárias. Por fim, diante dos fatos apresentados anteriormente, podemos observar que a cirurgia oncológica é de suma importância quando se busca garantir longevidade e saúde aos pacientes, além disso, seus princípios são bem fundamentados cientificamente e quando aplicados de forma correta, contribuem imensamente com o sucesso dos procedimentos cirúrgicos. Resumo - Sem apresentação. PALAVRAS-CHAVE: Cirurgia oncológica, Células neoplásicas, Ressecção cirúrgica, Tumor