Fernando Piza de Souza Cannavan, Priscila Moreno Sperling Cannavan, Laura Gonçalvez Piza Cannavan
{"title":"何时以及如何对运动员猝死风险进行分层","authors":"Fernando Piza de Souza Cannavan, Priscila Moreno Sperling Cannavan, Laura Gonçalvez Piza Cannavan","doi":"10.29381/0103-8559/20233302184-91","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A morte súbita (MS) em atletas é um evento catastrófico, ainda mais quando se leva em conta a associação entre esporte e saúde. A incidência de morte súbita associada ao esporte é maior em indivíduos do sexo masculino, com doença cardiovascular (DCV) ou ao menos um fator de risco para DCV e em atletas afro-americanos. As causas mais comuns de MS em atletas estão relacionadas a doenças cardíacas que podem cursar com arritmias ventriculares malignas, como taquicardia ventricular e fibrilação ventricular. Doenças como a miocardiopatia hipertrófica, a origem anômala de coronária, a hipertrofia idiopática do ventrículo esquerdo, a miocardite e a cardiomiopatia arritmogênica estão entre as principais doenças estruturais relacionadas à MS em atletas. A síndrome de morte súbita arrítmica, quando não se encontra uma doença cardíaca estrutural, está provavelmente relacionada a doenças arritmogênicas primárias, como a síndrome de Wolff-Parkinson-White, a síndrome do QT longo congênito e a síndrome de Brugada, entre outras. A avaliação clínica pré-participação esportiva, associada ao eletrocardiograma e, em casos específicos, ao teste genético, deve ser realizada de maneira sistemática, com o objetivo de se identificar doenças cardiovasculares que caracterizem potenciais riscos para a prática de exercícios. É importante que profissionais da saúde estejam treinados para identificar riscos aumentados nessa população.","PeriodicalId":190881,"journal":{"name":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","volume":"53 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"QUANDO E COMO ESTRATIFICAR O RISCO DE MORTE SÚBITA EM ATLETAS\",\"authors\":\"Fernando Piza de Souza Cannavan, Priscila Moreno Sperling Cannavan, Laura Gonçalvez Piza Cannavan\",\"doi\":\"10.29381/0103-8559/20233302184-91\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A morte súbita (MS) em atletas é um evento catastrófico, ainda mais quando se leva em conta a associação entre esporte e saúde. A incidência de morte súbita associada ao esporte é maior em indivíduos do sexo masculino, com doença cardiovascular (DCV) ou ao menos um fator de risco para DCV e em atletas afro-americanos. As causas mais comuns de MS em atletas estão relacionadas a doenças cardíacas que podem cursar com arritmias ventriculares malignas, como taquicardia ventricular e fibrilação ventricular. Doenças como a miocardiopatia hipertrófica, a origem anômala de coronária, a hipertrofia idiopática do ventrículo esquerdo, a miocardite e a cardiomiopatia arritmogênica estão entre as principais doenças estruturais relacionadas à MS em atletas. A síndrome de morte súbita arrítmica, quando não se encontra uma doença cardíaca estrutural, está provavelmente relacionada a doenças arritmogênicas primárias, como a síndrome de Wolff-Parkinson-White, a síndrome do QT longo congênito e a síndrome de Brugada, entre outras. A avaliação clínica pré-participação esportiva, associada ao eletrocardiograma e, em casos específicos, ao teste genético, deve ser realizada de maneira sistemática, com o objetivo de se identificar doenças cardiovasculares que caracterizem potenciais riscos para a prática de exercícios. É importante que profissionais da saúde estejam treinados para identificar riscos aumentados nessa população.\",\"PeriodicalId\":190881,\"journal\":{\"name\":\"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo\",\"volume\":\"53 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-06-30\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.29381/0103-8559/20233302184-91\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.29381/0103-8559/20233302184-91","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
QUANDO E COMO ESTRATIFICAR O RISCO DE MORTE SÚBITA EM ATLETAS
A morte súbita (MS) em atletas é um evento catastrófico, ainda mais quando se leva em conta a associação entre esporte e saúde. A incidência de morte súbita associada ao esporte é maior em indivíduos do sexo masculino, com doença cardiovascular (DCV) ou ao menos um fator de risco para DCV e em atletas afro-americanos. As causas mais comuns de MS em atletas estão relacionadas a doenças cardíacas que podem cursar com arritmias ventriculares malignas, como taquicardia ventricular e fibrilação ventricular. Doenças como a miocardiopatia hipertrófica, a origem anômala de coronária, a hipertrofia idiopática do ventrículo esquerdo, a miocardite e a cardiomiopatia arritmogênica estão entre as principais doenças estruturais relacionadas à MS em atletas. A síndrome de morte súbita arrítmica, quando não se encontra uma doença cardíaca estrutural, está provavelmente relacionada a doenças arritmogênicas primárias, como a síndrome de Wolff-Parkinson-White, a síndrome do QT longo congênito e a síndrome de Brugada, entre outras. A avaliação clínica pré-participação esportiva, associada ao eletrocardiograma e, em casos específicos, ao teste genético, deve ser realizada de maneira sistemática, com o objetivo de se identificar doenças cardiovasculares que caracterizem potenciais riscos para a prática de exercícios. É importante que profissionais da saúde estejam treinados para identificar riscos aumentados nessa população.