{"title":"身体-领土和城市","authors":"Lía Vallejo Torres, Luciene de Oliveira Dias","doi":"10.9771/peri.v1i18.49924","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"As cidades não foram construídas nem pensadas para que as mulheres, existências e identidades dissidentes as habitassem. Ocupar o território urbano configura-se como um ato de sobrevivência, quando falamos de corpos atravessados historicamente pelo assédio sexual e pela violência patriarcal, racista, classista e homolesbobitransfóbica. Portanto, é preciso elaborar estratégias de enfrentamento ou respostas contra abordagens violentas para poder agenciar nosso corpo-território e propor uma comunicação mais dialógica com o território urbano. Neste artigo, analisamos duas obras de performances artísticas e comunicacionais realizadas na cidade de Tegucigalpa, capital de Honduras, que propõem cura, denúncia e estratégias de comunicação. Como base teórica para provocar as reflexões aqui propostas, lançamos mão da espiral do silêncio e da prática de performance artística como possibilidade de estudo empírico e de cura que responda à necessidade de romper com o medo como marca dos corpos dissidentes.","PeriodicalId":239476,"journal":{"name":"Revista Periódicus","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-01-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Corpo-território e urbanidade\",\"authors\":\"Lía Vallejo Torres, Luciene de Oliveira Dias\",\"doi\":\"10.9771/peri.v1i18.49924\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"As cidades não foram construídas nem pensadas para que as mulheres, existências e identidades dissidentes as habitassem. Ocupar o território urbano configura-se como um ato de sobrevivência, quando falamos de corpos atravessados historicamente pelo assédio sexual e pela violência patriarcal, racista, classista e homolesbobitransfóbica. Portanto, é preciso elaborar estratégias de enfrentamento ou respostas contra abordagens violentas para poder agenciar nosso corpo-território e propor uma comunicação mais dialógica com o território urbano. Neste artigo, analisamos duas obras de performances artísticas e comunicacionais realizadas na cidade de Tegucigalpa, capital de Honduras, que propõem cura, denúncia e estratégias de comunicação. Como base teórica para provocar as reflexões aqui propostas, lançamos mão da espiral do silêncio e da prática de performance artística como possibilidade de estudo empírico e de cura que responda à necessidade de romper com o medo como marca dos corpos dissidentes.\",\"PeriodicalId\":239476,\"journal\":{\"name\":\"Revista Periódicus\",\"volume\":\"40 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-01-16\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Periódicus\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.9771/peri.v1i18.49924\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Periódicus","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/peri.v1i18.49924","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
As cidades não foram construídas nem pensadas para que as mulheres, existências e identidades dissidentes as habitassem. Ocupar o território urbano configura-se como um ato de sobrevivência, quando falamos de corpos atravessados historicamente pelo assédio sexual e pela violência patriarcal, racista, classista e homolesbobitransfóbica. Portanto, é preciso elaborar estratégias de enfrentamento ou respostas contra abordagens violentas para poder agenciar nosso corpo-território e propor uma comunicação mais dialógica com o território urbano. Neste artigo, analisamos duas obras de performances artísticas e comunicacionais realizadas na cidade de Tegucigalpa, capital de Honduras, que propõem cura, denúncia e estratégias de comunicação. Como base teórica para provocar as reflexões aqui propostas, lançamos mão da espiral do silêncio e da prática de performance artística como possibilidade de estudo empírico e de cura que responda à necessidade de romper com o medo como marca dos corpos dissidentes.