{"title":"亚马逊大腕鱼全缘居群的表型变异","authors":"M. C. Cunha, A. C. Almeida","doi":"10.21826/2178-7581x2018113","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Macrobracium amazonicum é uma espécie com distribuição continental e ocorrência em diferentes bacias hidrográficas com distintas variáveis bióticas e abióticas. Tais variáveis, principalmente abióticas, permitiram que as populações evoluíssem quanto sua genética, fisiologia, morfologia e ecologia, evidenciando M. amazonicum uma espécie referência para vários estudos. Por meio deste estudo, pretendeu-se ampliar as informações a respeito dos aspectos bioecológicos e de variação fenotípica de populações de M. amazonicum encontradas em dois distintos rios (R1 e R2) do Triângulo Mineiro. Durante o ano de 2017 foram realizadas 57 horas de amostragem, sendo 28h com uso de covos e mais 30 min com uso de peneiras em cada rio. No laboratório os animais capturados foram sexados classificados em jovens e adultos quanto as classes de comprimento de carapaça (CC, mm). Entre os resultados obtidos, o mais relevante foi o fato de apenas a população de apenas um rio (R2) apresentar morfotipos de machos. Além disso, no R2, os indivíduos apresentaram maior amplitude de comprimento de carapaça (4,0 a 24,0mm) que os do R1 (4,0 a 11,0mm). Quando comparados, o CC de fêmeas jovens (FJ), adultas (FA) e ovígeras (FO), bem como de machos jovens (MJ) e adultos (MA) entre os rios, também notou-se uma diferença significativa, evidenciando que os animais do R2 tendem a ser maiores (FJ: t(594) = -7,576; p=0,00; FA : t(306) = -11,076; p=0,00; FO: t(35) = -7,441; MA: t(233) = -16,401 p=0,00; MJ: t(333) = -34,863; p=0,00). A razão sexual encontrada em cada rio também foi divergente. No R1 a razão não diferiu entre os adultos (χ2=0,219; df=1; p=0,64), mas entre os jovens foi direcionada para fêmeas (1: 1,22; χ2=4.09; df=1; p=0,043). No R2 houve maior proporção de fêmeas tanto entre os adultos (1:2,38; χ2=48,347; df=1; p=0,00), quanto entre os jovens (1: 2,51; χ2=96.492; df=1; p=0,00). Os animais encontrados no R1 apresentaram características morfológicas similares àqueles presentes na região do Pantanal (MS), mas razão sexual distinta. Já os animais do R2 assemelham-se aos hololimnéticos de grande porte localizados na região continental da Amazônia. Essa variação fenotípica, portanto, pode estar relacionada a origens genéticas distintas ou ser influenciada pela complexidade de microhabitat em ambos os rios, uma vez que as características macroambientais são equivalentes.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"247 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"VARIAÇÃO FENOTÍPICA DE POPULAÇÕES HOLOLIMNÉTICAS DE MACROBRACHIUM AMAZONICUM\",\"authors\":\"M. C. Cunha, A. C. Almeida\",\"doi\":\"10.21826/2178-7581x2018113\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Macrobracium amazonicum é uma espécie com distribuição continental e ocorrência em diferentes bacias hidrográficas com distintas variáveis bióticas e abióticas. Tais variáveis, principalmente abióticas, permitiram que as populações evoluíssem quanto sua genética, fisiologia, morfologia e ecologia, evidenciando M. amazonicum uma espécie referência para vários estudos. Por meio deste estudo, pretendeu-se ampliar as informações a respeito dos aspectos bioecológicos e de variação fenotípica de populações de M. amazonicum encontradas em dois distintos rios (R1 e R2) do Triângulo Mineiro. Durante o ano de 2017 foram realizadas 57 horas de amostragem, sendo 28h com uso de covos e mais 30 min com uso de peneiras em cada rio. No laboratório os animais capturados foram sexados classificados em jovens e adultos quanto as classes de comprimento de carapaça (CC, mm). Entre os resultados obtidos, o mais relevante foi o fato de apenas a população de apenas um rio (R2) apresentar morfotipos de machos. Além disso, no R2, os indivíduos apresentaram maior amplitude de comprimento de carapaça (4,0 a 24,0mm) que os do R1 (4,0 a 11,0mm). Quando comparados, o CC de fêmeas jovens (FJ), adultas (FA) e ovígeras (FO), bem como de machos jovens (MJ) e adultos (MA) entre os rios, também notou-se uma diferença significativa, evidenciando que os animais do R2 tendem a ser maiores (FJ: t(594) = -7,576; p=0,00; FA : t(306) = -11,076; p=0,00; FO: t(35) = -7,441; MA: t(233) = -16,401 p=0,00; MJ: t(333) = -34,863; p=0,00). A razão sexual encontrada em cada rio também foi divergente. No R1 a razão não diferiu entre os adultos (χ2=0,219; df=1; p=0,64), mas entre os jovens foi direcionada para fêmeas (1: 1,22; χ2=4.09; df=1; p=0,043). No R2 houve maior proporção de fêmeas tanto entre os adultos (1:2,38; χ2=48,347; df=1; p=0,00), quanto entre os jovens (1: 2,51; χ2=96.492; df=1; p=0,00). Os animais encontrados no R1 apresentaram características morfológicas similares àqueles presentes na região do Pantanal (MS), mas razão sexual distinta. Já os animais do R2 assemelham-se aos hololimnéticos de grande porte localizados na região continental da Amazônia. Essa variação fenotípica, portanto, pode estar relacionada a origens genéticas distintas ou ser influenciada pela complexidade de microhabitat em ambos os rios, uma vez que as características macroambientais são equivalentes.\",\"PeriodicalId\":175754,\"journal\":{\"name\":\"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos\",\"volume\":\"247 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-11-11\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.21826/2178-7581x2018113\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21826/2178-7581x2018113","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
VARIAÇÃO FENOTÍPICA DE POPULAÇÕES HOLOLIMNÉTICAS DE MACROBRACHIUM AMAZONICUM
Macrobracium amazonicum é uma espécie com distribuição continental e ocorrência em diferentes bacias hidrográficas com distintas variáveis bióticas e abióticas. Tais variáveis, principalmente abióticas, permitiram que as populações evoluíssem quanto sua genética, fisiologia, morfologia e ecologia, evidenciando M. amazonicum uma espécie referência para vários estudos. Por meio deste estudo, pretendeu-se ampliar as informações a respeito dos aspectos bioecológicos e de variação fenotípica de populações de M. amazonicum encontradas em dois distintos rios (R1 e R2) do Triângulo Mineiro. Durante o ano de 2017 foram realizadas 57 horas de amostragem, sendo 28h com uso de covos e mais 30 min com uso de peneiras em cada rio. No laboratório os animais capturados foram sexados classificados em jovens e adultos quanto as classes de comprimento de carapaça (CC, mm). Entre os resultados obtidos, o mais relevante foi o fato de apenas a população de apenas um rio (R2) apresentar morfotipos de machos. Além disso, no R2, os indivíduos apresentaram maior amplitude de comprimento de carapaça (4,0 a 24,0mm) que os do R1 (4,0 a 11,0mm). Quando comparados, o CC de fêmeas jovens (FJ), adultas (FA) e ovígeras (FO), bem como de machos jovens (MJ) e adultos (MA) entre os rios, também notou-se uma diferença significativa, evidenciando que os animais do R2 tendem a ser maiores (FJ: t(594) = -7,576; p=0,00; FA : t(306) = -11,076; p=0,00; FO: t(35) = -7,441; MA: t(233) = -16,401 p=0,00; MJ: t(333) = -34,863; p=0,00). A razão sexual encontrada em cada rio também foi divergente. No R1 a razão não diferiu entre os adultos (χ2=0,219; df=1; p=0,64), mas entre os jovens foi direcionada para fêmeas (1: 1,22; χ2=4.09; df=1; p=0,043). No R2 houve maior proporção de fêmeas tanto entre os adultos (1:2,38; χ2=48,347; df=1; p=0,00), quanto entre os jovens (1: 2,51; χ2=96.492; df=1; p=0,00). Os animais encontrados no R1 apresentaram características morfológicas similares àqueles presentes na região do Pantanal (MS), mas razão sexual distinta. Já os animais do R2 assemelham-se aos hololimnéticos de grande porte localizados na região continental da Amazônia. Essa variação fenotípica, portanto, pode estar relacionada a origens genéticas distintas ou ser influenciada pela complexidade de microhabitat em ambos os rios, uma vez que as características macroambientais são equivalentes.