{"title":"O ECOLOGISMO DOS POBRES E O RACISMO AMBIENTAL: REFLEXÕES SOBRE SOCIEDADE E NATUREZA PARA UMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA","authors":"Viviane Camejo Pereira, Claudemira Vieira Gusmão Lopes","doi":"10.5380/diver.v14i2.83342","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo deste ensaio é apresentar a contribuição do ecologismo dos pobres e do racismo ambiental para a construção de uma perspectiva crítica da relação sociedade-natureza no contexto da Educação Ambiental. Parte-se de que a Educação Ambiental crítica é um campo propício para diálogos críticos sobre a problemática socioambiental em espaços escolares e não escolares. Por meio de uma revisão bibliográfica, argumenta-se que as populações tradicionais do campo, das águas e das florestas e as populações economicamente vulneráveis nas periferias das grandes cidades muitas vezes são afastadas da convivência com um ambiente conservado. A exploração e degradação da natureza e relações sociais desiguais são inerentes aos conflitos socioambientais que expressam um modelo de desenvolvimento insustentável. Debates sobre a relação sociedade-natureza focados em propostas de reciclagem, consumo consciente e outras medidas paliativas sugeridas por várias correntes ecológicas, não são suficientes para fazer o enfrentamento à escassez de recursos, à pobreza e a destruição acelerada da natureza. A relação do ser humano com a natureza é também reflexo das relações sociais. Assim, propõem-se uma Educação Ambiental crítica construída a partir do diálogo interdisciplinar com as perspectivas do ecologismo dos pobres e o racismo ambiental como forma de contextualizar o debate ambiental nas relações sociais.Palavras-chave: Problemática socioambiental; Justiça ambiental; Vulnerabilidade socioeconômica.","PeriodicalId":12471,"journal":{"name":"Fungal Diversity","volume":"56 1","pages":""},"PeriodicalIF":24.5000,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Fungal Diversity","FirstCategoryId":"99","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83342","RegionNum":1,"RegionCategory":"生物学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q1","JCRName":"MYCOLOGY","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O objetivo deste ensaio é apresentar a contribuição do ecologismo dos pobres e do racismo ambiental para a construção de uma perspectiva crítica da relação sociedade-natureza no contexto da Educação Ambiental. Parte-se de que a Educação Ambiental crítica é um campo propício para diálogos críticos sobre a problemática socioambiental em espaços escolares e não escolares. Por meio de uma revisão bibliográfica, argumenta-se que as populações tradicionais do campo, das águas e das florestas e as populações economicamente vulneráveis nas periferias das grandes cidades muitas vezes são afastadas da convivência com um ambiente conservado. A exploração e degradação da natureza e relações sociais desiguais são inerentes aos conflitos socioambientais que expressam um modelo de desenvolvimento insustentável. Debates sobre a relação sociedade-natureza focados em propostas de reciclagem, consumo consciente e outras medidas paliativas sugeridas por várias correntes ecológicas, não são suficientes para fazer o enfrentamento à escassez de recursos, à pobreza e a destruição acelerada da natureza. A relação do ser humano com a natureza é também reflexo das relações sociais. Assim, propõem-se uma Educação Ambiental crítica construída a partir do diálogo interdisciplinar com as perspectivas do ecologismo dos pobres e o racismo ambiental como forma de contextualizar o debate ambiental nas relações sociais.Palavras-chave: Problemática socioambiental; Justiça ambiental; Vulnerabilidade socioeconômica.
期刊介绍:
Fungal Diversity, the official journal of the Kunming Institute of Botany of the Chinese Academy of Sciences, is an international, peer-reviewed journal covering all aspects of mycology. It prioritizes papers on biodiversity, systematic, and molecular phylogeny. While it welcomes novel research and review articles, authors aiming to publish checklists are advised to seek regional journals, and the introduction of new species and genera should generally be supported by molecular data.
Published articles undergo peer review and are accessible online first with a permanent DOI, making them citable as the official Version of Record according to NISO RP-8-2008 standards. Any necessary corrections after online publication require the publication of an Erratum.