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Abstract
Em estudo sobre as disputas na atual reforma do ensino médio no Rio Grande do Sul, foi realizada uma análise temática sobre a política no período 2020-2021, a partir de dez lives, com 45 falas, representando 33 instituições, organizações sociais, sindicatos e escolas. Percebeu-se um modus operandi autoritário, que não oportuniza tempo nem espaço à base para debater e legitimar a viabilidade de um ensino médio mais democrático. De um lado, há profissionais e estudantes de escolas públicas e pesquisadores/as preocupados/as com o esvaziar de conteúdos e o rompimento da ideia de educação básica; noutro, governador, Seduc e Sindicato do Ensino Privado, a fim de disciplinar para o mercado de trabalho precarizado, com um posicionamento individualista e atomizante que preponderou no Referencial Curricular Gaúcho. Porém, nas falas analisadas, as comunidades escolares seguem articulando, discutindo e se opondo a tal proposta, unindo-se na crítica à fragmentação como estratégia curricular, administrativa, e, diante da penetração privatista, apresentando-se em defesa do público.