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Abstract
Este trabalho justifica-se por apresentar o ofício do professor em contexto de distanciamento social, dada a pandemia sanitária decorrente da COVID-19 que instaurou crises em diversas instituições sociais. Motivados pelo questionamento – Que crises parecem se sobrepor nos relatos de professores em situação de pandemia? – propomos-nos a investigar representações de professores sobre ensino remoto no cenário de transição das aulas presenciais às remotas on-line. Especificamente, reconhecemos como objetivos: i) identificar representação(ões) de professores sobre ensino remoto em contexto de distanciamento social; ii) verificar recepção de professores sobre a implantação do ensino remoto no cenário de transição do ensino presencial ao on-line. Teoricamente, partimos de considerações sobre educação mediada por tecnologias digitais, ensino remoto, letramento digital, representações sociais e profissionais. Metodologicamente, este estudo se insere no paradigma qualitativo com abordagem netnográfica. Os dados foram gerados através de formulário on-line e de sessões com grupo focal on-line. Para amostragem, elegemos o corpus desenvolvido na primeira sessão com um professor de Português e um professor de Biologia. Ao identificarmos que os participantes compreendem o ensino remoto como uma medida emergencial, verificamos que a transição das aulas não ocorreu de forma pacífica, pois foram surpreendidos pela implantação e não se sentem representados pelas intervenções governamentais. Os dados parecem indiciar uma crise instaurada na condição de atuação da classe, visto que há uma sobreposição de barreiras opacas entre as ações profissionais e familiares. O ambiente antes familiar é “invadido” pelo espaço profissional, constituindo um espaço de desterritorialização/reterritorialização que implica nas práticas educacionais.