{"title":"Estimativa de Idade em Remanescentes Ósseos: Contribuições dos Ossos da Cabeça e do Pescoço","authors":"Thamires Mello-Gentil, Vanessa Souza-Mello","doi":"10.17063/bjfs10(4)y2021566-584","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A estimativa da idade a partir de remanescentes ósseos é um desafio da ciência forense, principalmente em adultos. Os ossos da cabeça, do pescoço e os dentes apresentam maior resistência e, frequentemente, são as únicas peças disponíveis para perícia. Este estudo teve como objetivo revisar criticamente os métodos disponíveis para a estimativa de idade a partir remanescentes ósseos da cabeça e do pescoço, bem como dos dentes na prática forense. Foi realizada uma revisão da literatura, utilizando a base de dados PubMed para as buscas com os seguintes descritores: “cranial sutures”, “teeth mineralization”, “cervical vertebrae”, “hyoid”, “age estimation” e “human identification”. As buscas de artigos foram restritas aos últimos dez anos. Contudo, livros, artigos clássicos e teses foram incluídos, mesmo que tenham sido publicados há mais tempo. A revisão da literatura mostrou que a idade de fechamento das suturas deve ser utilizada em associação com outro parâmetro devido à ocorrência de variações frequentes. O ângulo da mandíbula pode oferecer informações importantes para estimar a idade, porém a mineralização dentária a partir da utilização de exames de imagem ou técnicas histológicas oferecem subsídios para estimar a idade com maior acurácia. Os ossos do pescoço podem ajudar a estimar a idade, porém não devem ser utilizados isoladamente. Em conclusão, os dentes e ossos da cabeça e do pescoço podem ser utilizados em complemento à análise de outros ossos para estimativa de idade. Contudo, quando são as únicas peças disponíveis, o grau de fechamento das suturas, o ângulo da mandíbula e a mineralização dentária podem oferecer subsídios suficientes para estimar a idade, principalmente quando analisados juntamente a exames de imagem, técnicas histológicas e em associação com os ossos do pescoço.","PeriodicalId":9123,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics","volume":"9 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-09-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17063/bjfs10(4)y2021566-584","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A estimativa da idade a partir de remanescentes ósseos é um desafio da ciência forense, principalmente em adultos. Os ossos da cabeça, do pescoço e os dentes apresentam maior resistência e, frequentemente, são as únicas peças disponíveis para perícia. Este estudo teve como objetivo revisar criticamente os métodos disponíveis para a estimativa de idade a partir remanescentes ósseos da cabeça e do pescoço, bem como dos dentes na prática forense. Foi realizada uma revisão da literatura, utilizando a base de dados PubMed para as buscas com os seguintes descritores: “cranial sutures”, “teeth mineralization”, “cervical vertebrae”, “hyoid”, “age estimation” e “human identification”. As buscas de artigos foram restritas aos últimos dez anos. Contudo, livros, artigos clássicos e teses foram incluídos, mesmo que tenham sido publicados há mais tempo. A revisão da literatura mostrou que a idade de fechamento das suturas deve ser utilizada em associação com outro parâmetro devido à ocorrência de variações frequentes. O ângulo da mandíbula pode oferecer informações importantes para estimar a idade, porém a mineralização dentária a partir da utilização de exames de imagem ou técnicas histológicas oferecem subsídios para estimar a idade com maior acurácia. Os ossos do pescoço podem ajudar a estimar a idade, porém não devem ser utilizados isoladamente. Em conclusão, os dentes e ossos da cabeça e do pescoço podem ser utilizados em complemento à análise de outros ossos para estimativa de idade. Contudo, quando são as únicas peças disponíveis, o grau de fechamento das suturas, o ângulo da mandíbula e a mineralização dentária podem oferecer subsídios suficientes para estimar a idade, principalmente quando analisados juntamente a exames de imagem, técnicas histológicas e em associação com os ossos do pescoço.