Fernando Aucco Marim, Drielle Thainara Perez Paschoa, D. Frias
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Abstract
A automedicação é um hábito comum no Brasil, mesmo sendo considerada uma prática nociva à saúde, sobretudo de crianças. O objetivo neste projeto foi avaliar a automedicação de crianças em idade pré-escolar no município de Aparecida d’Oeste –SP. Para isso, foram realizadas entrevistas por meio da aplicação de questionários a 100 pais ou responsáveis por crianças de 0 a 5 anos. Os dados obtidos foram analisados com uso de estatística descritiva. A maioria dos entrevistados foram mães, com média de idade de 32 anos, e 93% declararam realizar automedicação infantil, mesmo 72,8% considerando a automedicação prejudicial à saúde da criança. Os medicamentos citados mais utilizados foram paracetamol e dipirona. Após realizar automedicação infantil, 5% relataram o aparecimento de alergias. Depois de automedicar a criança, 53,1% dos entrevistados relataram levá-la a consultas médicas apenas quando não há apresentação de melhora dos sintomas. Dentre os principais motivos de automedicar, o principal citado estava relacionado com a tentativa de alcançar o alívio de sintomas. Dentre os participantes, 92,6% buscam informações sobre os medicamentos com o farmacêutico, bulas, internet, parentes ou analisam prescrições anteriores. A taxa de automedicação infantil foi elevada, sendo as mães as principais responsáveis por meio do uso de antitérmicos. Fatores que influenciaram a prática estão relacionados à falsa impressão de que os sintomas são simples e que os medicamentos utilizados não apresentam riscos à saúde das crianças. Desta forma, a atenção farmacêutica aliada a ações educativas voltadas à população tornam-se uma ferramenta extremamente importante para o uso racional de medicamentos.