{"title":"ANÁLISE GEOECONÔMICA DAS ESTRATÉGIAS PRODUTIVAS DAS GRANDES E PEQUENAS EMPRESAS CERVEJEIRAS NO BRASIL","authors":"Silvia Cristina Limberger, Carlos José Espíndola","doi":"10.4025/bolgeogr.v37i3.36781","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O setor cervejeiro constitui um oligopólio competitivo, no qual as barreiras à entrada de novas empresas são flexíveis, permitindo a existência de empresas marginais, no mercado dominado por empresas líderes. Dessa forma, esse trabalho tem por objetivo entender quais são as estratégias técnico-produtivas, organizacionais e territoriais do setor cervejeiro brasileiro em um ambiente dominado por oligopólios, mas com a presença significante de microcervejarias. A grande empresa cervejeira tem suas estratégias relacionadas à redução dos custos de produção em escala por meio da modernização do parque produtivo, à organização no sistema de distribuição e à diversificação de seu portfólio, o qual é composto por cervejas tradicionais e especiais, fabricadas no país, e cervejas importadas de diversos tipos. A microcervejaria tem seu mercado determinado pela faixa de renda e suas principais estratégias são relacionadas à agregação de valor ao produto. Esse tipo de empresa dedica-se ao estabelecimento de uma fábrica enxuta em capital físico e humano, mas intensiva em conhecimento, pois seu foco é a inovação em produtos. Essa análise é guiada pela teoria da acumulação de capital em Marx que entende o modo de produção capitalista como um processo orgânico e evolutivo e desse modo, a formação de economias de oligopólio como uma tendência do próprio processo de desenvolvimento do capital. Nesse processo, a eficiência econômica é abordada por meio do pensamento schumpeteriano, que compreende o mercado como um ambiente de seleção e a seleção das inovações como a mais importante função socioeconômica dos mercados, sendo a dinâmica inovativa a principal estratégia da concorrência.","PeriodicalId":31646,"journal":{"name":"Boletim de Geografia","volume":"70 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-07-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Boletim de Geografia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.4025/bolgeogr.v37i3.36781","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O setor cervejeiro constitui um oligopólio competitivo, no qual as barreiras à entrada de novas empresas são flexíveis, permitindo a existência de empresas marginais, no mercado dominado por empresas líderes. Dessa forma, esse trabalho tem por objetivo entender quais são as estratégias técnico-produtivas, organizacionais e territoriais do setor cervejeiro brasileiro em um ambiente dominado por oligopólios, mas com a presença significante de microcervejarias. A grande empresa cervejeira tem suas estratégias relacionadas à redução dos custos de produção em escala por meio da modernização do parque produtivo, à organização no sistema de distribuição e à diversificação de seu portfólio, o qual é composto por cervejas tradicionais e especiais, fabricadas no país, e cervejas importadas de diversos tipos. A microcervejaria tem seu mercado determinado pela faixa de renda e suas principais estratégias são relacionadas à agregação de valor ao produto. Esse tipo de empresa dedica-se ao estabelecimento de uma fábrica enxuta em capital físico e humano, mas intensiva em conhecimento, pois seu foco é a inovação em produtos. Essa análise é guiada pela teoria da acumulação de capital em Marx que entende o modo de produção capitalista como um processo orgânico e evolutivo e desse modo, a formação de economias de oligopólio como uma tendência do próprio processo de desenvolvimento do capital. Nesse processo, a eficiência econômica é abordada por meio do pensamento schumpeteriano, que compreende o mercado como um ambiente de seleção e a seleção das inovações como a mais importante função socioeconômica dos mercados, sendo a dinâmica inovativa a principal estratégia da concorrência.