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Abstract
O texto que se segue buscará abordar como, a partir das transformações na esfera produtiva (pós-1950), as primeiras teses sobre o fim da centralidade do trabalho começaram a ganhar corpo. Para isso, irá se estruturar a partir de dois momentos: primeiro, buscará explicitar o significado da tese da centralidade do trabalho, aqui entendida também como modelo da práxis social (ou protoforma da vida social) – algo muito mais amplo do que a diminuição do trabalho vivo na indústria. Em seguida, iremos abordar, de modo panorâmico, algumas das principais (e primeiras) teses que passaram a advogar a perda da importância decisiva do trabalho (e dos seus agentes) na reprodução da sociedade, as suas consequências, assim como iremos situar o sentido dessa afirmativa no início do século XXI à luz do que vem sendo chamado de precarização estrutural do trabalho na chamada era informacional-digital.