Educação Domiciliar no Brasil: mo(vi)mento em debate

C. Agostini, L. Rigoni
{"title":"Educação Domiciliar no Brasil: mo(vi)mento em debate","authors":"C. Agostini, L. Rigoni","doi":"10.5335/rep.v29i3.13893","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resenhar uma obra consiste em uma tarefa de duplo caminho: o primeiro indica a proposta de sintetizar e apresentar os principais conceitos do autor (es) e o segundo, talvez mais profundo, indica a imersão no conhecimento profetizado no livro, no caminho idealizado pelo (s) autor (es) e, se deixar invadir pelo novo. Não passamos incólumes na leitura de um livro: ingressamos de uma forma, saímos providos de mais saber e reenergizados. Na obra em questão, organizada pela professora titular na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pós doutora em Educação, Maria Celi Chaves Vasconcelos, intitulada como “Educação domiciliar no Brasil mo(vi)mento em debate”, lançado em 2021, pela Editora CRV, de Curitiba – PR, o conhecimento advém da reunião de pesquisas, planejado no âmbito do Programa de Auxílio Cientista do Nosso Estado, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). A coletânea está dividida em duas partes: a primeira intitulada como ‘Tensões legais, conceituais, políticas e profissionais’ em que conta com sete capítulos, que possuem como foco a legislação e as controvérsias conceituais que envolvem a educação domiciliar, bem como as políticas e suas práticas. Na segunda parte, intitulada como ‘Tensões contextuais, institucionais, filosóficas e confessionais’ apresenta como eixo principal a discussão dos aspectos motivacionais, institucionais, filosóficos e religiosos da educação domiciliar, contando com mais sete capítulos. O principal objetivo da obra, organizada em quatorze capítulos, é trazer perspectivas plurais sobre o homeschooling, que é traduzido pelos autores como educação domiciliar, educação doméstica ou educação familiar desescolarizada. O tema, que tem retornado a cena de discussão nos últimos anos, por alterações e propostas legislativas em curso, é alvo de controvérsias e discussões, e vem ganhando notoriedade acadêmica por produções como a aqui analisada. \nNo primeiro capítulo da primeira parte da obra, ‘Homeschooling: um desafio legal’, o professor Carlos Roberto Jamil Cury, apresenta o contexto histórico da educação domiciliar no Brasil em tempo de Pandemia do coronavírus, em que as escolas invadiram as casas, o que trouxe problemas na adaptação de um ensino em casa. Traz no decorrer do capítulo conceitos para poder apresentar melhor o homeschooling, indica num primeiro momento o que não é, trazendo o conceito de unschooling, indicando que a educação domiciliar não é a desescolarização, tradução do termo em inglês. Apresenta algumas leis sobre direitos e deveres da educação, apresentando o histórico caminho da educação em casa no Brasil, bem como a obrigatoriedade da matrícula na escola. Na conclusão, instiga o pensamento sobre a possibilidade da vida coletiva, sendo os indivíduos ao mesmo tempo iguais e diferentes, onde o caminho da vida comum parece ser o mais acertado. \nSob o título ‘Homeschooling e redefinições no processo de escolarização e no trabalho docente’, o segundo capítulo, das pesquisadoras Ana Claudia Ferreira Rosa e Arlete Maria Monte de Camargo, promovem uma discussão acerca do ensino domiciliar num contexto pandêmico, indicado como de crise, o qual limita o exercício de um ensino domiciliar, e que repercute na reconfiguração do trabalho docente, das políticas educacionais além de repercussões na atualidade. O estudo de caráter emergencial, se utiliza da metodologia bibliográfica, das condições históricas e de estudos em grupo realizados no período. O texto problematiza o contexto atual pandêmico de desigualdades, que exacerbou problemas do ensino em casa, mas também foi estopim para o reforço da retórica do homeschooling. Segue com análise das condições históricas de emergência da escolarização obrigatória e da especialização do trabalho docente e suas alterações na pandemia. Analisa, na última seção, os limites da educação no lar na pandemia, frente a condições objetivas e materiais da sociedade, com os cortes limites frente a grande parte da população que implicam no exercício do direito à educação. As autoras concluem que, embora a pandemia tenha exigido medidas emergenciais, o ensino domiciliar apenas escancarou ainda mais as desigualdades sociais, que repercutem no exercício do direito à educação da maioria dos brasileiros, apresentando-se esse como um limite ao homeschooling. \nO terceiro capítulo, também apresenta discussão sobre o trabalho docente, cujo título é ‘Maternidade e docência no contexto da Educação Domiciliar’, escrito pelas pesquisadoras Luciane Muniz Ribeiro Barbosa e Vitória Maria Terra. O objetivo é desvendar os desafios da substituição dos docentes pelos pais para as famílias a optarem pelo homeschooling, sobretudo para as mães, que passam a ser professoras de seus filhos. Com análise bibliográfica nacional e internacional, e com a utilização de entrevistas semiestruturadas de mães estadunidenses incumbidas no homeschooling de seus filhos, elas também discutem a implicação da atribuição de professora dessas mães para a profissão docente. Após análise fundamentada das referências, com também dos relatos da entrevista, as autoras concluem que a educação domiciliar pode indicar uma ameaça à profissão docente, porque desconsidera a formação e profissionalização necessária para exercer a educação de cunho escolar. As novas tecnologias de ensino são apenas recursos pedagógicos que não dispensam a atuação docente especializada. Os ataques conservadores aos docentes não são suficientes para a defesa da educação no lar, assim como a realidade desigual do país cria grandes entraves a sua concretização. \nDe autoria da advogada e professora Fabiana Ferreira Pimentel Kloh e do defensor público e professor Cleber Francisco Alves, o quarto capítulo ‘“Conselho Tutelar diz que aulas presenciais violem direitos das crianças”: o relativismo na obrigatoriedade da frequência à Escola e a opção pela Educação Domiciliar’. O objetivo do texto é analisar, dentro do contexto pandêmico, o afastamento das responsabilidades da escola no quesito garantia de convivência social, o que deu margem a declarações como as do Conselho Tutelar que se inserem no título, como também a relativização da regra jurídica de frequência obrigatória escolar. Os autores concluem que, diante do contexto e das mudanças aceleradas pela pandemia, a frequência escolar como forma de garantia do acesso à educação pode ser reavaliada, sendo o homeschooling uma possibilidade executável. \nIntitulado como ‘Reflexões acerca da Educação Domiciliar e da desescolarização a partir do cenário de pandemia’, de autoria dos pesquisadores Aline Lyra e Antônio Jorge Gonçales Soares, o quinto capítulo pondera sobre as propostas do homeschooling e do unschooling (desescolarização), surgidos com o cenário da pandemia, com base em análise da literatura sobre o tema. Com um resgate histórico e conceitual, os autores apresentam diversos escritores que já trabalharam sobre os dois conceitos, indicando que ambos apontam a existência do protagonismo do educando, considerando que o debate que surge sobre essa forma de educação se origina na forma com que a educação escolarizada é efetuada na atualidade. Sustentam, por fim, a necessidade de diálogo entre as formas de educar. \nTrazendo a mesma linha, o sexto capítulo aborda a diferença entre educação e escola. Apresenta como título ‘Homeschooling e Unschooling: alternativas à escolarização?’, escrito pela pesquisadora Gabriele Nigra Salgado, através de discussão teórica, advinda de tese de doutorado, como também com base em entrevista cedida por mãe optante pelo unschooling. A autora se propõe a analisar o processo de escolarização posto em debate diante do homeschooling e do unschooling. Tem também como objetivo, “apresentar os interesses, os conflitos e as contradições inerentes à emergência da instituição escolar, bem como a produção de sentidos e de significados que até hoje se colam a ela e criam associações contingentes que definem a vida das pessoas inseridas nas sociedades escolarizadas” (p. 144). Em suas conclusões, a autora sustenta a perspectiva de uma educação que não apenas efetue um processo de escolarização das crianças, mas que as eduque em seu sentido mais amplificado, sendo que para isso é necessário repensar e reinventar o tempo e o espaço escolar. \n  \nFinalizando a primeira parte, é apresentado o sétimo capítulo, de autoria da pesquisadora Gabriela Freitas de Almeida, intitulado como ‘A escolarização do lar e a desescolarização da escola’ no qual, com base no materialismo histórico dialético e teoria marxista, o conceito de desescolarização de Illich é analisado como sustentáculo da proposta de educação defendida hoje no país. Outrossim, ela também pondera, de forma breve, as relações existentes entre a teoria da desescolarização e a escola do trabalho. Como forma de conclusão, podemos destacar que ela avalia que o homeschooling, enquanto desescolarização e a escola do trabalho possuem aproximações nas práticas pedagógicas, onde o conhecimento se dá no espaço social, como um espaço de aprendizado. Mas, as diferenças aparecem quando a escola defende um processo coletivo, enquanto o homeschooling transfere as questões sociais para o espaço privado, o que não beneficia as disputas e discussões sociais para as futuras gerações. \nIniciando a segunda parte, temos o primeiro capítulo intitulado como ‘A Educação Domiciliar e suas motivações: elos que se desfazem e refazem’, de autoria da pesquisadora e organizadora do livro, Maria Celi Chaves Vasconcelos. A autora analisa as principais motivações para que haja uma educação domiciliar, entendida essa como a modalidade educacional que ocorre na casa dos alunos, sob responsabilidade dos pais, ainda que sua prática ainda não seja permitida, salvo autorizações legais específicas ou locais. 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Abstract

Resenhar uma obra consiste em uma tarefa de duplo caminho: o primeiro indica a proposta de sintetizar e apresentar os principais conceitos do autor (es) e o segundo, talvez mais profundo, indica a imersão no conhecimento profetizado no livro, no caminho idealizado pelo (s) autor (es) e, se deixar invadir pelo novo. Não passamos incólumes na leitura de um livro: ingressamos de uma forma, saímos providos de mais saber e reenergizados. Na obra em questão, organizada pela professora titular na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pós doutora em Educação, Maria Celi Chaves Vasconcelos, intitulada como “Educação domiciliar no Brasil mo(vi)mento em debate”, lançado em 2021, pela Editora CRV, de Curitiba – PR, o conhecimento advém da reunião de pesquisas, planejado no âmbito do Programa de Auxílio Cientista do Nosso Estado, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). A coletânea está dividida em duas partes: a primeira intitulada como ‘Tensões legais, conceituais, políticas e profissionais’ em que conta com sete capítulos, que possuem como foco a legislação e as controvérsias conceituais que envolvem a educação domiciliar, bem como as políticas e suas práticas. Na segunda parte, intitulada como ‘Tensões contextuais, institucionais, filosóficas e confessionais’ apresenta como eixo principal a discussão dos aspectos motivacionais, institucionais, filosóficos e religiosos da educação domiciliar, contando com mais sete capítulos. O principal objetivo da obra, organizada em quatorze capítulos, é trazer perspectivas plurais sobre o homeschooling, que é traduzido pelos autores como educação domiciliar, educação doméstica ou educação familiar desescolarizada. O tema, que tem retornado a cena de discussão nos últimos anos, por alterações e propostas legislativas em curso, é alvo de controvérsias e discussões, e vem ganhando notoriedade acadêmica por produções como a aqui analisada. No primeiro capítulo da primeira parte da obra, ‘Homeschooling: um desafio legal’, o professor Carlos Roberto Jamil Cury, apresenta o contexto histórico da educação domiciliar no Brasil em tempo de Pandemia do coronavírus, em que as escolas invadiram as casas, o que trouxe problemas na adaptação de um ensino em casa. Traz no decorrer do capítulo conceitos para poder apresentar melhor o homeschooling, indica num primeiro momento o que não é, trazendo o conceito de unschooling, indicando que a educação domiciliar não é a desescolarização, tradução do termo em inglês. Apresenta algumas leis sobre direitos e deveres da educação, apresentando o histórico caminho da educação em casa no Brasil, bem como a obrigatoriedade da matrícula na escola. Na conclusão, instiga o pensamento sobre a possibilidade da vida coletiva, sendo os indivíduos ao mesmo tempo iguais e diferentes, onde o caminho da vida comum parece ser o mais acertado. Sob o título ‘Homeschooling e redefinições no processo de escolarização e no trabalho docente’, o segundo capítulo, das pesquisadoras Ana Claudia Ferreira Rosa e Arlete Maria Monte de Camargo, promovem uma discussão acerca do ensino domiciliar num contexto pandêmico, indicado como de crise, o qual limita o exercício de um ensino domiciliar, e que repercute na reconfiguração do trabalho docente, das políticas educacionais além de repercussões na atualidade. O estudo de caráter emergencial, se utiliza da metodologia bibliográfica, das condições históricas e de estudos em grupo realizados no período. O texto problematiza o contexto atual pandêmico de desigualdades, que exacerbou problemas do ensino em casa, mas também foi estopim para o reforço da retórica do homeschooling. Segue com análise das condições históricas de emergência da escolarização obrigatória e da especialização do trabalho docente e suas alterações na pandemia. Analisa, na última seção, os limites da educação no lar na pandemia, frente a condições objetivas e materiais da sociedade, com os cortes limites frente a grande parte da população que implicam no exercício do direito à educação. As autoras concluem que, embora a pandemia tenha exigido medidas emergenciais, o ensino domiciliar apenas escancarou ainda mais as desigualdades sociais, que repercutem no exercício do direito à educação da maioria dos brasileiros, apresentando-se esse como um limite ao homeschooling. O terceiro capítulo, também apresenta discussão sobre o trabalho docente, cujo título é ‘Maternidade e docência no contexto da Educação Domiciliar’, escrito pelas pesquisadoras Luciane Muniz Ribeiro Barbosa e Vitória Maria Terra. O objetivo é desvendar os desafios da substituição dos docentes pelos pais para as famílias a optarem pelo homeschooling, sobretudo para as mães, que passam a ser professoras de seus filhos. Com análise bibliográfica nacional e internacional, e com a utilização de entrevistas semiestruturadas de mães estadunidenses incumbidas no homeschooling de seus filhos, elas também discutem a implicação da atribuição de professora dessas mães para a profissão docente. Após análise fundamentada das referências, com também dos relatos da entrevista, as autoras concluem que a educação domiciliar pode indicar uma ameaça à profissão docente, porque desconsidera a formação e profissionalização necessária para exercer a educação de cunho escolar. As novas tecnologias de ensino são apenas recursos pedagógicos que não dispensam a atuação docente especializada. Os ataques conservadores aos docentes não são suficientes para a defesa da educação no lar, assim como a realidade desigual do país cria grandes entraves a sua concretização. De autoria da advogada e professora Fabiana Ferreira Pimentel Kloh e do defensor público e professor Cleber Francisco Alves, o quarto capítulo ‘“Conselho Tutelar diz que aulas presenciais violem direitos das crianças”: o relativismo na obrigatoriedade da frequência à Escola e a opção pela Educação Domiciliar’. O objetivo do texto é analisar, dentro do contexto pandêmico, o afastamento das responsabilidades da escola no quesito garantia de convivência social, o que deu margem a declarações como as do Conselho Tutelar que se inserem no título, como também a relativização da regra jurídica de frequência obrigatória escolar. Os autores concluem que, diante do contexto e das mudanças aceleradas pela pandemia, a frequência escolar como forma de garantia do acesso à educação pode ser reavaliada, sendo o homeschooling uma possibilidade executável. Intitulado como ‘Reflexões acerca da Educação Domiciliar e da desescolarização a partir do cenário de pandemia’, de autoria dos pesquisadores Aline Lyra e Antônio Jorge Gonçales Soares, o quinto capítulo pondera sobre as propostas do homeschooling e do unschooling (desescolarização), surgidos com o cenário da pandemia, com base em análise da literatura sobre o tema. Com um resgate histórico e conceitual, os autores apresentam diversos escritores que já trabalharam sobre os dois conceitos, indicando que ambos apontam a existência do protagonismo do educando, considerando que o debate que surge sobre essa forma de educação se origina na forma com que a educação escolarizada é efetuada na atualidade. Sustentam, por fim, a necessidade de diálogo entre as formas de educar. Trazendo a mesma linha, o sexto capítulo aborda a diferença entre educação e escola. Apresenta como título ‘Homeschooling e Unschooling: alternativas à escolarização?’, escrito pela pesquisadora Gabriele Nigra Salgado, através de discussão teórica, advinda de tese de doutorado, como também com base em entrevista cedida por mãe optante pelo unschooling. A autora se propõe a analisar o processo de escolarização posto em debate diante do homeschooling e do unschooling. Tem também como objetivo, “apresentar os interesses, os conflitos e as contradições inerentes à emergência da instituição escolar, bem como a produção de sentidos e de significados que até hoje se colam a ela e criam associações contingentes que definem a vida das pessoas inseridas nas sociedades escolarizadas” (p. 144). Em suas conclusões, a autora sustenta a perspectiva de uma educação que não apenas efetue um processo de escolarização das crianças, mas que as eduque em seu sentido mais amplificado, sendo que para isso é necessário repensar e reinventar o tempo e o espaço escolar.   Finalizando a primeira parte, é apresentado o sétimo capítulo, de autoria da pesquisadora Gabriela Freitas de Almeida, intitulado como ‘A escolarização do lar e a desescolarização da escola’ no qual, com base no materialismo histórico dialético e teoria marxista, o conceito de desescolarização de Illich é analisado como sustentáculo da proposta de educação defendida hoje no país. Outrossim, ela também pondera, de forma breve, as relações existentes entre a teoria da desescolarização e a escola do trabalho. Como forma de conclusão, podemos destacar que ela avalia que o homeschooling, enquanto desescolarização e a escola do trabalho possuem aproximações nas práticas pedagógicas, onde o conhecimento se dá no espaço social, como um espaço de aprendizado. Mas, as diferenças aparecem quando a escola defende um processo coletivo, enquanto o homeschooling transfere as questões sociais para o espaço privado, o que não beneficia as disputas e discussões sociais para as futuras gerações. Iniciando a segunda parte, temos o primeiro capítulo intitulado como ‘A Educação Domiciliar e suas motivações: elos que se desfazem e refazem’, de autoria da pesquisadora e organizadora do livro, Maria Celi Chaves Vasconcelos. A autora analisa as principais motivações para que haja uma educação domiciliar, entendida essa como a modalidade educacional que ocorre na casa dos alunos, sob responsabilidade dos pais, ainda que sua prática ainda não seja permitida, salvo autorizações legais específicas ou locais. Após a conceituação teórica, ela apresenta a análise de dados de uma pesquisa qualitativa, baseada na observação, no depoimento e em entrevistas estruturadas relacionadas ao cotidiano de duas famílias adepta
巴西的家庭教育:辩论中的mo(vi)mento
评估工作是一项双重的路径:一分之一表示综合介绍作者的主要概念(es)和第二,也许更深刻的指出,潜水知识被在这本书中,作者(年代)的理想的路上(es),让入侵的新。在阅读一本书时,我们并不是毫发无损地度过的:我们以一种方式进入,我们离开时获得了更多的知识,并重新充满活力。在组织的目标,在里约热内卢州大学教授(UERJ)和博士教育后,玛丽亚Celi钥匙Vasconcelos,命名为“家庭教育在巴西莫(vi)这个争论”,于2021年发布,CRV的标签,在知识库里提巴—公关,来自研究会议按照计划,计划的援助基金会的情况,科学家还在研究着里约热内卢州(Faperj)。该合集分为两部分:第一部分题为“法律、概念、政治和专业紧张关系”,共七章,重点关注涉及家庭教育的立法和概念争议,以及政策和实践。第二部分题为“背景、制度、哲学和忏悔的紧张关系”,以家庭教育的动机、制度、哲学和宗教方面的讨论为主轴,共七章。这本书分为14章,主要目的是带来关于家庭教育的多元视角,作者将其翻译为家庭教育、家庭教育或非学校家庭教育。近年来,由于立法提案和修正案,这一主题又回到了讨论的舞台上,成为争议和讨论的主题,并因本文所分析的作品而获得了学术界的恶名。在第一章的第一部分作品的,‘Homeschooling:一个法律挑战’罗伯特教授查尔斯·贾米尔卷曲,介绍家庭教育的历史背景在巴西冠状病毒大流行时期,哪所学校的房子,麻烦调整的在家教育。在概念章的过程中,为了更好地呈现家庭教育,首先指出了它不是什么,引入了非学校的概念,表明家庭教育不是去学校化,这个术语在英语中的翻译。介绍了一些关于教育权利和义务的法律,介绍了巴西家庭教育的历史路径,以及学校的义务注册。最后,它激发了对集体生活可能性的思考,个人既平等又不同,在这种情况下,共同的生活方式似乎是最正确的。的题为‘Homeschooling和重新定义的过程中教育和教学工作’的第二章,研究人员模拟克劳迪娅·罗莎Arlete堆Camargo玛利亚,这种讨论指定为大流行环境,家庭教育的危机,这限制了教育训练搭档,这对教学工作的影响,除了影响教育政策的意思。紧急性质的研究采用了文献研究法、历史条件和这一时期的小组研究。本文对当前普遍存在的不平等现象提出了质疑,这种不平等现象加剧了家庭教育的问题,但也促进了家庭教育修辞的加强。然后分析了义务教育和教学专业化出现的历史条件及其在流行病中的变化。在最后一节中,分析了在社会的客观和物质条件下,在大流行期间家庭教育的局限性,以及在涉及行使受教育权的大部分人口方面的限制削减。作者的结论是,尽管这一流行病需要采取紧急措施,但家庭教育只会进一步加剧社会不平等,影响到大多数巴西人行使受教育权,这似乎是对家庭教育的限制。第三章还讨论了由研究员Luciane Muniz Ribeiro Barbosa和vitoria Maria Terra撰写的题为“家庭教育背景下的母性与教学”的教学工作。其目的是为选择家庭教育的家庭,特别是成为孩子教师的母亲,揭示父亲替代教师的挑战。 通过对国内外文献的分析,以及对负责子女家庭教育的美国母亲的半结构化访谈,他们还讨论了这些母亲的教师分配对教师职业的影响。通过对参考文献和访谈报告的分析,作者得出结论,家庭教育可能对教师职业构成威胁,因为它忽视了学校教育所需的培训和专业化。新的教学技术只是教学资源,不能免除专门的教学活动。保守派对教师的攻击不足以保护家庭教育,因为这个国家的不平等现实给实现这一目标造成了巨大的障碍。由律师兼教师Fabiana Ferreira Pimentel Kloh和公共辩护律师兼教师Cleber Francisco Alves撰写的第四章“监护委员会说课堂侵犯了儿童的权利”:义务上学的相对主义和家庭教育的选择。上下文中是文本分析的目标,大流行,学校的教育责任,保证社会和谐,银行扣的声明的跳高运动员的标题,也是学校强制性法律规定频率的相对化。作者得出的结论是,鉴于这一流行病加速的背景和变化,可以重新评估上学作为一种确保受教育机会的方式,家庭教育是一种可行的可能性。名为‘考虑:从家庭教育情况的流行’身份的人员排成直线,莱拉和安东尼奥·乔治Gonçales Soares五分之一继续homeschooling的建议》一章,unschooling(背景:),地位和大流行的文献的基础上,分析主题。和历史概念的救援,作者提交各种作家已经从事这两个概念,代表你我都点上的存在的意义,而随之产生的辩论这种形式的教育问题产生的形式和受过教育的教育是今天。最后,他们支持教育形式之间对话的必要性。同样,第六章讨论了教育和学校的区别。它的标题是“家庭教育和非学校教育:学校教育的替代方案?”由研究人员Gabriele Nigra Salgado撰写,通过理论讨论,产生于博士论文,也基于对选择非学校的母亲的采访。作者提出分析在家庭教育和非学校教育之前所讨论的教育过程。也有,“是不现实的利益冲突和矛盾的制度学派的出现,以及生产方式和含义,直到今天她则对该协会配额依附于别人的生活让教育社会”(第144页)。在她的结论中,作者支持一种教育的观点,这种教育不仅影响儿童的教育过程,而且在最广泛的意义上教育他们,为此有必要重新思考和重新创造学校的时间和空间。结束的章,第一部分是介绍七分之一的物品加·艾的名为‘家庭教育和学校的:’,根据辩证唯物主义历史唯物主义和马克思主义理论的概念:Illich分析为核心的早些时候在国家教育的建议。此外,本文还简要地思考了非学校化理论与劳动学派之间的关系。作为结论,我们可以强调,它评估家庭教育,而非学校化和工作学校在教学实践中有相似之处,知识发生在社会空间,作为一个学习空间。但是,当学校提倡集体过程时,差异就出现了,而家庭教育将社会问题转移到私人空间,这对后代没有好处的纠纷和社会讨论。从第二部分开始,我们有第一章题为“家庭教育及其动机:破裂和重建的联系”,作者是Maria Celi Chaves Vasconcelos。 作者分析了家庭教育的主要动机,理解为发生在学生家中的教育模式,在父母的责任下,尽管这种做法仍然不允许,除非特定的法律或地方授权。在理论概念化之后,它提出了一个定性研究的数据分析,基于观察,证词和结构化访谈相关的两个熟练的家庭的日常生活
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