{"title":"A PEDAGOGIA BASEADA NO GÉNERO TEXTUAL COMO PROPOSTA PARA A DIDÁCTICA DA ESCRITA EM MOÇAMBIQUE","authors":"O. Faquir","doi":"10.5216/LEP.V22I2.56551","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Em qualquer contexto, com as naturais variações, ensinar a escrita é uma tarefa difícil. Nesta perspectiva, parece seguro referir que contrariamente a contextos de L1, em contextos de L2, como Moçambique, com níveis de contacto acentuado entre o Português e outras línguas de matriz Bantu, a situação que rodeia a língua portuguesa, no que diz respeito ao nível de proficiência dos falantes, nível de acesso a materiais e a recursos metodológicos para o seu ensino e aprendizagem, bem como o baixo nível de preparação dos professores, é bem mais complexa. Isso cria um contexto que propicia a ocorrência de uma produção linguística, principalmente a escrita, muito baixa. Tendo em conta isso, com base nos resultados alcançados no âmbito do projecto de Doutoramento em Linguística Aplicada, na Universidade de Lisboa (FAQUIR, 2016), queremos sugerir a pedagogia baseada no género (PBG) textual (HYLAND, 2007; ROSE e MARTIN, 2012; CHRISTIE, 2013; GOUVEIA, 2014; MARTIN, 2014) como proposta metodológica de trabalho na aula ao nível do ensino secundário geral (ESG). Para o projecto inicial, a análise foi qualitativa e baseou-se nos dados recolhidos através de inquéritos dirigidos a 37 professores e 418 alunos e nos textos escritos pelos alunos, com e sem o feedback dos professores. Estes dados foram recolhidos em quatro escolas nas cidades de Maputo, Beira e Nampula. Para este artigo, a base de análise será o material escrito e apresentado pelos alunos no caderno e no quadro como correcção do TPC, com o feedback dos professores. Os resultados permitem compreender que trabalho específico os professores desenvolvem com os alunos para o treino da escrita e que implicações o mesmo tem ao nível do rendimento destes no domínio da escrita.","PeriodicalId":40597,"journal":{"name":"Linguagem-Estudos e Pesquisas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Linguagem-Estudos e Pesquisas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5216/LEP.V22I2.56551","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Em qualquer contexto, com as naturais variações, ensinar a escrita é uma tarefa difícil. Nesta perspectiva, parece seguro referir que contrariamente a contextos de L1, em contextos de L2, como Moçambique, com níveis de contacto acentuado entre o Português e outras línguas de matriz Bantu, a situação que rodeia a língua portuguesa, no que diz respeito ao nível de proficiência dos falantes, nível de acesso a materiais e a recursos metodológicos para o seu ensino e aprendizagem, bem como o baixo nível de preparação dos professores, é bem mais complexa. Isso cria um contexto que propicia a ocorrência de uma produção linguística, principalmente a escrita, muito baixa. Tendo em conta isso, com base nos resultados alcançados no âmbito do projecto de Doutoramento em Linguística Aplicada, na Universidade de Lisboa (FAQUIR, 2016), queremos sugerir a pedagogia baseada no género (PBG) textual (HYLAND, 2007; ROSE e MARTIN, 2012; CHRISTIE, 2013; GOUVEIA, 2014; MARTIN, 2014) como proposta metodológica de trabalho na aula ao nível do ensino secundário geral (ESG). Para o projecto inicial, a análise foi qualitativa e baseou-se nos dados recolhidos através de inquéritos dirigidos a 37 professores e 418 alunos e nos textos escritos pelos alunos, com e sem o feedback dos professores. Estes dados foram recolhidos em quatro escolas nas cidades de Maputo, Beira e Nampula. Para este artigo, a base de análise será o material escrito e apresentado pelos alunos no caderno e no quadro como correcção do TPC, com o feedback dos professores. Os resultados permitem compreender que trabalho específico os professores desenvolvem com os alunos para o treino da escrita e que implicações o mesmo tem ao nível do rendimento destes no domínio da escrita.