{"title":"UMA RECONCEITUAÇÃO DO PROFESSOR A PARTIR DA TEORIA DA OBJETIVAÇÃO","authors":"Jaqueline Santos Vargas-Plaça, Luis Radford","doi":"10.34024/olhares.2023.v11.14453","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma reconceituação do professor de ciências e matemática na perspectiva da Teoria da Objetivação (TO). A TO é uma teoria de ensino e aprendizagem que se inspira no materialismo dialético, na escola histórico-cultural de Lev Vygotsky e na concepção de educação proposta por Paulo Freire. Sua natureza materialista dialética faz com que o professor seja concebido como parte de um todo, um sistema em movimento, que inclui o conhecimento cultural e seus processos de ensino e aprendizagem. Neste contexto, o professor é visto como indivíduo que participa, ombro a ombro, com os estudantes, trabalhando com eles na produção e circulação de saberes, fazendo que esses saberes apareçam coletivamente na aula, por meio de discussões, debates, análises e interpretações da resolução de problemas. Neste trabalho apresentamos estas ideias e ilustramos por meio das passagens de uma lição de cinemática em torno do estudo científico do movimento de corpos, realizado em uma classe do 8º ano (alunos de 13 a 14 anos) em uma escola pública localizada nos arredores de Sudbury, Ontário, Canadá. Ilustramos, em particular, o processo coletivo em que os estudantes encontram um saber científico cultural por meio da interação com colegas e com o professor. Destacamos que o professor no ensino de ciências e matemática não pode se restringir unicamente à dimensão do saber. Esta dimensão é fundamental, mas o professor deve complementá-la com atenção muito específica à dimensão do ser.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-05-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Olhres","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/olhares.2023.v11.14453","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma reconceituação do professor de ciências e matemática na perspectiva da Teoria da Objetivação (TO). A TO é uma teoria de ensino e aprendizagem que se inspira no materialismo dialético, na escola histórico-cultural de Lev Vygotsky e na concepção de educação proposta por Paulo Freire. Sua natureza materialista dialética faz com que o professor seja concebido como parte de um todo, um sistema em movimento, que inclui o conhecimento cultural e seus processos de ensino e aprendizagem. Neste contexto, o professor é visto como indivíduo que participa, ombro a ombro, com os estudantes, trabalhando com eles na produção e circulação de saberes, fazendo que esses saberes apareçam coletivamente na aula, por meio de discussões, debates, análises e interpretações da resolução de problemas. Neste trabalho apresentamos estas ideias e ilustramos por meio das passagens de uma lição de cinemática em torno do estudo científico do movimento de corpos, realizado em uma classe do 8º ano (alunos de 13 a 14 anos) em uma escola pública localizada nos arredores de Sudbury, Ontário, Canadá. Ilustramos, em particular, o processo coletivo em que os estudantes encontram um saber científico cultural por meio da interação com colegas e com o professor. Destacamos que o professor no ensino de ciências e matemática não pode se restringir unicamente à dimensão do saber. Esta dimensão é fundamental, mas o professor deve complementá-la com atenção muito específica à dimensão do ser.