Eliane Righi de Andrade, Janaina Ferreira Coriolano
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Abstract
O artigo busca promover uma reflexão sobre a construção dos processos identitários na campanha presidencial do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por meio de representações que circularam na mídia ao longo desse período. Objetiva-se analisar de que maneira essas representações podem ser encontradas nos recortes midiáticos e que efeitos de sentido possíveis são proporcionados. Trabalha-se com o discurso de candidatura de Trump, sob duas perspectivas: a do próprio candidato e da mídia corporativa CNN, a partir de recortes e transcrições de vídeos e reportagens. Trabalhando com a materialidade linguística e imagética dos recortes, analisa-se a construção do discurso da mídia sobre o candidato e suas repercussões na campanha, até o acontecimento de sua eleição. Por meio dos recortes, tem-se o intuito de compreender de que maneira a “vontade de verdade” trazida por Foucault pode ser encontrada nesse discurso e qual impacto esse recurso trouxe aos eleitores na tomada de decisões. O conceito da “vontade de verdade” é, além disso, trazido para dialogar com a “pós-verdade”, já que emoções e crenças pessoais parecem, muitas vezes, mais influentes na formação da opinião pública do que fatos. Por meio de análise, foi possível concluir que, embora a mídia desempenhe importante papel na formação das identidades, é impossível controlar os efeitos de sentido que as representações disseminadas produziram, questionando a construção e a existência de uma verdade única e fazendo o imprevisível emergir do acontecimento “eleição americana”.