{"title":"TECENDO UM CIRCUITO COMERCIAL A PARTIR DA FEIRA DA MADRUGADA As agenciadoras da moda popular brasileira","authors":"André Vereta Nahoum","doi":"10.1590/3610504/2020","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Este artigo analisa os trabalhos de revendedoras de itens de vestuário que distribuem ao redor do país bens comercializados na Feira da Madrugada, localizada na região central de São Paulo (SP). Discute os sentidos subjetivos atribuídos a essa atividade e o conjunto de habilidades específicas necessárias para tecer esse circuito. Vale-se, para tanto, da etnografia e de entrevistas realizadas na região. Ao distribuir as mercadorias e os símbolos da moda popular, lojistas e sacoleiras também produzem sentido para suas trajetórias pessoais, revelando um sentido de dignidade e realização em relação à atividade comercial, dependente do domínio de um conjunto de habilidades e conhecimento local, muito além das capacidades genéricas de cálculo descritas pela sociologia econômica contemporânea. Essas práticas desafiam as representações apontadas pela literatura para o engajamento feminino no trabalho por conta própria e para comerciantes itinerantes em geral.","PeriodicalId":35414,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Ciencias Sociais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/3610504/2020","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Este artigo analisa os trabalhos de revendedoras de itens de vestuário que distribuem ao redor do país bens comercializados na Feira da Madrugada, localizada na região central de São Paulo (SP). Discute os sentidos subjetivos atribuídos a essa atividade e o conjunto de habilidades específicas necessárias para tecer esse circuito. Vale-se, para tanto, da etnografia e de entrevistas realizadas na região. Ao distribuir as mercadorias e os símbolos da moda popular, lojistas e sacoleiras também produzem sentido para suas trajetórias pessoais, revelando um sentido de dignidade e realização em relação à atividade comercial, dependente do domínio de um conjunto de habilidades e conhecimento local, muito além das capacidades genéricas de cálculo descritas pela sociologia econômica contemporânea. Essas práticas desafiam as representações apontadas pela literatura para o engajamento feminino no trabalho por conta própria e para comerciantes itinerantes em geral.
摘要本文分析了位于sao Paulo (SP)中部地区的Feira da Madrugada在全国范围内分销商品的服装零售商的工作。它讨论了分配给这个活动的主观感觉和编织这个回路所需的一套特定技能。为此,它使用了民族志和在该地区进行的访谈。分发产品和时尚的象征,店主和sacoleiras也产生对自己的轨迹,展现了一个商业活动方面的尊严和成就感,无助的一系列技能和知识的地方,远远超出了当代经济社会学所描述的通用计算能力。这些做法挑战了文献中对女性参与自营职业和流动商人的描述。
期刊介绍:
Editada por primeira vez em 1986, nove anos depois da fundação da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), a Revista Brasileira de Ciências Sociais (RBCS) consolidou-se ou longo dos anos como um dos periódicos mais importantes de veiculação da produção científica de ponta nas três grandes áreas das ciências sociais (antropologia, sociologia e ciência política). É um periódico multidisciplinar no campo das ciências humanas que segue uma definição estrita de multidisciplinaridade, privilegiando contribuições substantivas em seu campo. Ocasionalmente, acolhe artigos oriundos de outras áreas, quando claramente dedicados a travar interlocução com a produção de conhecimento nas ciências sociais. Publicada ininterruptamente durante todos esses anos, nasceu e desenvolveu seu perfil editorial ao longo do tempo como periódico da Anpocs. A partir do número 90, publicado em fevereiro de 2016, passou a circular apenas em formato digital. Os artigos da revista se encontram disponíveis, em acesso aberto, tanto no SciELO quanto na página institucional da Anpocs, no canal Publicações, bem como em algumas redes acadêmicas.