{"title":"Movimento social de prostitutas no Brasil e a luta contra a Putafobia","authors":"Fernanda Priscila Alves Silva","doi":"10.14393/rfadir-51.1.2023.68410.750-770","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo pretende des-velar cenas e imagens acerca dos modos como trabalhadoras sexuais, em batalha tecem e constroem uma pedagogia própria, aqui denominada de pedagogia da batalha. Esta pedagogia da batalha carrega consigo elementos do que temos denominado de decolonialidade. Proponho uma discussão acerca da decolonialidade a partir das narrativas e experiências de trabalhadoras sexuais e do Movimento Social de Trabalhadoras Sexuais no Brasil. Trata-se de um estudo empírico, de cunho exploratório, realizado entre os anos de 2017-2021. O referencial teórico se circunscreve ao campo de estudos em educação e dialoga com referenciais teóricos da Sociologia, da Antropologia e da Psicologia. O grupo pesquisado é composto de mulheres de baixa renda, em exercício de prostituição, prevalecendo idade a partir dos 35 anos, além de um conjunto mais amplo de pessoas que consiste do grupo que compõe os familiares e rede de apoio e cuidado das crianças e socialização e educação dos filhos e filhas. As narrativas das Trabalhadoras Sexuais apontam na problematização e discussão deste artigo que o Movimento de Trabalhadoras Sexuais tem se configurado como um importante lócus de transformação da sociedade e visibilização de sujeitas subalternas que historicamente foram silenciadas. Estes corpos apontam a construção de uma pedagogia da batalha e decolonial onde os saberes tecidos na rua reivindicam, resistem e emancipam.\n ","PeriodicalId":52774,"journal":{"name":"Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Uberlandia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Uberlandia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14393/rfadir-51.1.2023.68410.750-770","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo pretende des-velar cenas e imagens acerca dos modos como trabalhadoras sexuais, em batalha tecem e constroem uma pedagogia própria, aqui denominada de pedagogia da batalha. Esta pedagogia da batalha carrega consigo elementos do que temos denominado de decolonialidade. Proponho uma discussão acerca da decolonialidade a partir das narrativas e experiências de trabalhadoras sexuais e do Movimento Social de Trabalhadoras Sexuais no Brasil. Trata-se de um estudo empírico, de cunho exploratório, realizado entre os anos de 2017-2021. O referencial teórico se circunscreve ao campo de estudos em educação e dialoga com referenciais teóricos da Sociologia, da Antropologia e da Psicologia. O grupo pesquisado é composto de mulheres de baixa renda, em exercício de prostituição, prevalecendo idade a partir dos 35 anos, além de um conjunto mais amplo de pessoas que consiste do grupo que compõe os familiares e rede de apoio e cuidado das crianças e socialização e educação dos filhos e filhas. As narrativas das Trabalhadoras Sexuais apontam na problematização e discussão deste artigo que o Movimento de Trabalhadoras Sexuais tem se configurado como um importante lócus de transformação da sociedade e visibilização de sujeitas subalternas que historicamente foram silenciadas. Estes corpos apontam a construção de uma pedagogia da batalha e decolonial onde os saberes tecidos na rua reivindicam, resistem e emancipam.