{"title":"Mineronegócio e Riscos no Brasil: A Irracionalidade do Licenciamento Ambiental e a Responsabilidade por Desastres","authors":"Aline Vieira Freitas Maia, T. H. Silva, L. Jordão","doi":"10.37497/REVCAMPOJUR.V8I2.608","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo busca apresentar os problemas relacionados ao licenciamento ambiental e como estes impactam no aumento de desastres provocados pelas atividades do mineronegócio. Por um lado, a atividade minerária é apontada como essencial para o desenvolvimento econômico e tecnológico, por outro, ela detém um significativo potencial ocasionador de desastres e explorador da natureza. Desse modo, com objetivo de compreender o processo de apropriação da natureza realizada pela atividade minerária e os instrumentos de controle e prevenção de desastres instituídos pelo Estado, este trabalho fará uso do materialismo histórico dialético enquanto método de interpretação da realidade, ancorado em pesquisas bibliográficas, legislativas e documentais. Em uma análise jurídica, com base no direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, resta claro que o poder público tem a potencialidade de criar instrumentos de prevenção, como é o caso dos estudos prévios de impacto ambiental (EIA) e dos relatórios de impacto ambiental (RIMA), que compõem o processo de licenciamento ambiental. Infere-se que, para além da repressão, a manutenção de um equilíbrio ambiental, por meio de ações preventivas, é o principal meio de controle da ação do homem para além da perspectiva econômica. Entretanto, a ineficácia do licenciamento ambiental gera desastres ambientais e sociais irreparáveis. Portanto, é essencial a criação e o rearranjo de medidas preventivas e repressivas, racionalizando os seus procedimentos em favor do bem comum. A legislação, juntamente com a fiscalização, tem papel fundamental para que outros desastres não venham a ocorrer e, se porventura ocorrerem, que seus impactos sejam moderados.","PeriodicalId":34510,"journal":{"name":"Campo Juridico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Campo Juridico","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.37497/REVCAMPOJUR.V8I2.608","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo busca apresentar os problemas relacionados ao licenciamento ambiental e como estes impactam no aumento de desastres provocados pelas atividades do mineronegócio. Por um lado, a atividade minerária é apontada como essencial para o desenvolvimento econômico e tecnológico, por outro, ela detém um significativo potencial ocasionador de desastres e explorador da natureza. Desse modo, com objetivo de compreender o processo de apropriação da natureza realizada pela atividade minerária e os instrumentos de controle e prevenção de desastres instituídos pelo Estado, este trabalho fará uso do materialismo histórico dialético enquanto método de interpretação da realidade, ancorado em pesquisas bibliográficas, legislativas e documentais. Em uma análise jurídica, com base no direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, resta claro que o poder público tem a potencialidade de criar instrumentos de prevenção, como é o caso dos estudos prévios de impacto ambiental (EIA) e dos relatórios de impacto ambiental (RIMA), que compõem o processo de licenciamento ambiental. Infere-se que, para além da repressão, a manutenção de um equilíbrio ambiental, por meio de ações preventivas, é o principal meio de controle da ação do homem para além da perspectiva econômica. Entretanto, a ineficácia do licenciamento ambiental gera desastres ambientais e sociais irreparáveis. Portanto, é essencial a criação e o rearranjo de medidas preventivas e repressivas, racionalizando os seus procedimentos em favor do bem comum. A legislação, juntamente com a fiscalização, tem papel fundamental para que outros desastres não venham a ocorrer e, se porventura ocorrerem, que seus impactos sejam moderados.