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Abstract
Há uma prevalência crescente de problemas de saúde mental e bem-estar entre crianças e jovens há mais de duas décadas no Reino Unido, situação exacerbada pela pandemia e que certamente perdurará além dela devido a um aumento exponencial da economia gig. As incertezas e a instabilidade que o trabalho gig introduzem na vida das pessoas as deixam doentes e produzem precariedade. Neste contexto, a questão é como a Educação Física deve responder à crescente precariedade? As narrativas dominantes da Educação Física, nos últimos 50 anos, têm sido a preparação para a vindoura sociedade do lazer (que nunca chegou) e a luta contra a obesidade. Embora uma abordagem de prevenção de riscos para a Educação Física como promoção da saúde possa permanecer importante, aulas baseadas em Atividade Física Moderada a Vigorosa (AFMV) podem não ser o que crianças e jovens que sofrem de doença emocional precisam. O artigo defende pedagogias afetivas informadas pela salutogênese como uma resposta apropriada à precariedade. Termina com uma breve revisão das formas pelas quais a precariedade têm sido utilizada na literatura da Educação Física e da Pedagogia do Esporte, oportunidade para argumentar que o conceito, apesar de sua grande importância, ainda não atingiu massivamente os estudiosos de nosso campo.