{"title":"FILHO DA MÃE: uma leitura feminista de “Meu tio o Iauaretê”","authors":"Carolina Correia dos Santos","doi":"10.12957/MATRAGA.2021.51927","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo constitui uma curta analise de “Meu tio o Iauarete” (novela de Joao Guimaraes Rosa publicada pela primeira vez em 1961) que busca aferir possiveis sentidos a relacao que o texto de Rosa, por ser um dialogo, impoe formalmente e a relacao como dispositivo gerador da individualidade do narrador-contador. Alem disso, o artigo investe em uma leitura de “Meu tio o Iauarete” enquanto performativa da escolha pela ascendencia materna do personagem-narrador. Este se determinara para alem do hibridismo entre ser humano (e ter um pai) e ser onca (e ter uma mae india e um tio jaguarete), reivindicando a materialidade especifica do corpo que se transforma enquanto (se) narra como modo de aliar-se a linhagem da mae. Para tanto, dialogarei com pensadoras feministas contemporâneas e com conceitos da Antropologia, em uma tentativa de criacao de uma leitura politicamente motivada a partir do texto literario de Rosa.","PeriodicalId":40929,"journal":{"name":"Matraga-Estudos Linguisticos e Literario","volume":"28 1","pages":"141-153"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-02-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Matraga-Estudos Linguisticos e Literario","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12957/MATRAGA.2021.51927","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERATURE","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo constitui uma curta analise de “Meu tio o Iauarete” (novela de Joao Guimaraes Rosa publicada pela primeira vez em 1961) que busca aferir possiveis sentidos a relacao que o texto de Rosa, por ser um dialogo, impoe formalmente e a relacao como dispositivo gerador da individualidade do narrador-contador. Alem disso, o artigo investe em uma leitura de “Meu tio o Iauarete” enquanto performativa da escolha pela ascendencia materna do personagem-narrador. Este se determinara para alem do hibridismo entre ser humano (e ter um pai) e ser onca (e ter uma mae india e um tio jaguarete), reivindicando a materialidade especifica do corpo que se transforma enquanto (se) narra como modo de aliar-se a linhagem da mae. Para tanto, dialogarei com pensadoras feministas contemporâneas e com conceitos da Antropologia, em uma tentativa de criacao de uma leitura politicamente motivada a partir do texto literario de Rosa.