{"title":"A fotografia e seus significados em O pintor de retratos de Luiz Antonio de Assis Brasil","authors":"Renata Fonseca Wolff","doi":"10.15448/1984-7726.2022.1.42047","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo investiga alguns aspectos da fotografia e da arte fotográfica enquanto articuladoras de sentidos no romance O pintor de retratos, de Luiz Antonio de Assis Brasil, e cogita de como o comentário sobre a evolução das técnicas fotográficas e da postura do personagem frente à fotografia espelha também, de forma metaficcional, a transição do romance, seja enquanto gênero, seja dentro da obra literária de seu autor. Como metodologia, utilizou-se a pesquisa bibliográfica relativa a estudos da fotografia enquanto objeto e meio de expressão, especialmente Roland Barthes (1984), Natalia Brizuela (2014), Susan Sontag (2004) e François Brunet (2009), e também estudos específicos sobre esse romance, principalmente Carlos Reis (2001), Aurora Gedra Ruiz Alvarez (2011) e Nubia Jacques Hanciau (2006), além de entrevistas do autor. Conclui-se que o estatuto artístico da fotografia se entrelaça com a jornada do protagonista Sandro Lanari em busca de afirmação artística e autoral e que o texto promove mais de uma sobreposição dos temas da passagem do tempo, da mortalidade e da arte do retrato; e o texto expressa o percurso de uma profunda transição (cronológica, artística, pessoal), espelhando a eventual intersecção entre literatura e fotografia em um atravessar de fronteiras similar àquele literal e figurativamente presente em O pintor de retratos. ","PeriodicalId":42440,"journal":{"name":"Letras de Hoje-Estudos e Debates em Linguistica Literatura e Lingua Portuguesa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-10-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Letras de Hoje-Estudos e Debates em Linguistica Literatura e Lingua Portuguesa","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15448/1984-7726.2022.1.42047","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERATURE","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo investiga alguns aspectos da fotografia e da arte fotográfica enquanto articuladoras de sentidos no romance O pintor de retratos, de Luiz Antonio de Assis Brasil, e cogita de como o comentário sobre a evolução das técnicas fotográficas e da postura do personagem frente à fotografia espelha também, de forma metaficcional, a transição do romance, seja enquanto gênero, seja dentro da obra literária de seu autor. Como metodologia, utilizou-se a pesquisa bibliográfica relativa a estudos da fotografia enquanto objeto e meio de expressão, especialmente Roland Barthes (1984), Natalia Brizuela (2014), Susan Sontag (2004) e François Brunet (2009), e também estudos específicos sobre esse romance, principalmente Carlos Reis (2001), Aurora Gedra Ruiz Alvarez (2011) e Nubia Jacques Hanciau (2006), além de entrevistas do autor. Conclui-se que o estatuto artístico da fotografia se entrelaça com a jornada do protagonista Sandro Lanari em busca de afirmação artística e autoral e que o texto promove mais de uma sobreposição dos temas da passagem do tempo, da mortalidade e da arte do retrato; e o texto expressa o percurso de uma profunda transição (cronológica, artística, pessoal), espelhando a eventual intersecção entre literatura e fotografia em um atravessar de fronteiras similar àquele literal e figurativamente presente em O pintor de retratos.