{"title":"REFLEXOS (D)E ALTERIDADE EM “MINEIRINHO”: CLARICE LISPECTOR E MAURITS CORNEILS ESCHER","authors":"Monelise Vilela Pando","doi":"10.5216/lep.v23i2.61017","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"São incontáveis os estudos acerca da obra clariceana, e dentre eles, muitos se dedicam a perquirir relações entre literatura e pintura. Nesse sentido, tencionamos realizar um percurso de pesquisa que demonstre o quanto as metáforas visuais do artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher (1898-1972), podem construir paralelos capazes de iluminar a leitura dos procedimentos narrativos dispostos por Clarice Lispector (1920-1977), em “Mineirinho” (1964), uma vez que há muitas entradas e desdobramentos possíveis para a leitura do texto clariceano. O presente trabalho investiga questões como a paradoxal disposição das alteridades determinadas pelo narrador ao julgar Mineirinho, a realização de procedimentos narrativos especulares, e uma espécie de conflito dramático que quer parecer não ter fim ou solução. Para tanto, nos valemos de leituras da fortuna crítica de Clarice Lispector, pensando o conceito de homologias estruturais[1] de maneira que se verifique como são elaborados determinados efeitos artísticos em cada uma das linguagens desses diferentes sistemas semióticos: literatura e pintura.","PeriodicalId":40597,"journal":{"name":"Linguagem-Estudos e Pesquisas","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-06-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Linguagem-Estudos e Pesquisas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5216/lep.v23i2.61017","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
São incontáveis os estudos acerca da obra clariceana, e dentre eles, muitos se dedicam a perquirir relações entre literatura e pintura. Nesse sentido, tencionamos realizar um percurso de pesquisa que demonstre o quanto as metáforas visuais do artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher (1898-1972), podem construir paralelos capazes de iluminar a leitura dos procedimentos narrativos dispostos por Clarice Lispector (1920-1977), em “Mineirinho” (1964), uma vez que há muitas entradas e desdobramentos possíveis para a leitura do texto clariceano. O presente trabalho investiga questões como a paradoxal disposição das alteridades determinadas pelo narrador ao julgar Mineirinho, a realização de procedimentos narrativos especulares, e uma espécie de conflito dramático que quer parecer não ter fim ou solução. Para tanto, nos valemos de leituras da fortuna crítica de Clarice Lispector, pensando o conceito de homologias estruturais[1] de maneira que se verifique como são elaborados determinados efeitos artísticos em cada uma das linguagens desses diferentes sistemas semióticos: literatura e pintura.