A. D. Silveira, Amanda Costa Schnor, Kátia Bones Rocha
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Abstract
A saúde sexual das mulheres lésbicas e bissexuais é marcada pela invisibilidade histórica nas agendas programáticas. O objetivo deste estudo foi descrever e analisar as estratégias preventivas, uso de barreiras e percepção de risco em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) de mulheres lésbicas e bissexuais brasileiras. O estudo teve método misto sequencial. A amostra não probabilística e por conveniência foi de 1.225 mulheres lésbicas e bissexuais (etapa quantitativa) e 12 destas mulheres foram entrevistadas (etapa qualitativa). Foram realizadas análises descritivas, inferenciais e temáticas. Os resultados indicaram um desencontro entre as IST identificadas como mais prevalentes pelas participantes e as descritas na literatura, o que pode impactar os cuidados em saúde. Quanto maior a escolaridade, maior o número de IST referidas como possíveis de serem adquiridas no sexo entre mulheres, o que pode indicar desigualdades de acesso à informação. As participantes perceberam risco de IST em suas práticas, mas a falta de informações disponíveis e efetivas sobre prevenção, bem como a falta de insumos específicos para o sexo lésbico, caracterizaram seus discursos e impactaram a forma como estas viviam sua sexualidade.