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Abstract
Os percursos criticos da Semana de Arte Moderna desencadeiam-se tanto nos textos produzidos pelos intelectuais participantes no debate sobre o caminho da arte na epoca, como na fortuna critica que as obras desses intelectuais suscitaram. O presente trabalho e uma interpretacao critica da pratica artistica de Mario de Andrade que interroga como a apropriacao da figura do Arlequim, que atravessa sua obra, e transformada numa proposta estetica e num amoldamento de artista. Olhando para o modo como a critica percebeu o Arlequim dentro da escrita de Mario de Andrade, dialogamos com esses aspectos e propomos uma ampliacao do significado dessa figura, pensando nos motivos da escolha dessa mascara por parte do escritor, e vendo-a como fundamento do ato improvisado de escrever e representar uma arte e uma identidade cuja totalidade seria impossivel ainda no Brasil. Sob esse ponto de vista, Macunaima seria um exemplo de arlequimizacao, cuja feicao rapsodica indica ja a proximidade com o improvisar de varias fontes simile a pratica arlequinal da Commedia dell’arte . O Arlequim, essa figura central e irradiadora de metaforas, guia a poetica de Mario de Andrade, realizando o artista nela a simbiose que propoe entre estetica, praxis e vida.