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Abstract
O artigo trata das contradições sobre a construção da memória de familiares de vítimas da violência do Rio de Janeiro materializada em objetos, imagens e discursos. Enquanto essas são um argumento para que novas violências não aconteçam e se repare o mal sofrido, também reforçam estigmas sobre identidades individuais e coletivas e permeiam as demais relações familiares. A partir da etnografia com familiares de vítimas, a análise dos aspectos normativos de como os usos das experiências passadas serve para impedir a repetição dos mesmos tipos de violências apresenta situações liminares. A pergunta como e até que ponto as violências devem ser lembradas é discutida a partir de considerações éticas e morais, baseadas nos trabalhos de Avishai Margalit, Tzvetan Todorov, Paul Ricoeur e Maurice Halbwachs, que foram primordiais para pensar as formas de agenciamento das memórias individuais e coletivas.