Fernando Augusto Ribeiro Costa, Leonardo Pantoja Corrêa, H. Barbosa
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Abstract
Nesse artigo busca-se centralmente suscitar o debate sobre a necessidade de se perceber a comunicação enquanto elemento propulsor e disseminador de um duplo movimento de povos e comunidades tradicionais na Amazônia: a resistência ao exercício do poder hegemônico e a insurgência a ele por meio de ações que tem nas lutas e na construção de saberes os pontos chave de motivação. Partindo da percepção de uma aparente tentativa de invisibilização dessas lutas e saberes, busca-se salientar que o processo contrário deve ser empreendido a partir do modo como o pesquisador-cientista social se coloca em meio e junto a esses povos. A partir de um estudo bibliográfico e documental, analisam-se maneiras possíveis para uma colaboração entre a Academia e povos e comunidades tradicionais na Amazônia visando a evidenciar a necessidade de os pesquisadores se colocarem também como comunicadores estabelecendo com esses povos e comunidades relação colaborativa enquanto uma possível estratégia de resistência. Aponta-se como um modelo agregador de resistência e insurgência o Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia que serve, nesse sentido, ao propósito de mostrar que é possível fazer frente à invisibilização das lutas e dos saberes de povos e comunidades tradicionais em compasso com a produção do saber da Academia