{"title":"Cannibals in Translation (Studies): Haroldo de Campos, Eduardo Viveiros de Castro, and the Echoes of Antropofagia","authors":"Ami Schiess","doi":"10.1353/port.2022.0014","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Abstract:The liminal position of the 'cannibal', at the convergence of what can and cannot be understood as truly 'human', has made 'anthropophagy' a productive sign in the field of Translation Studies. Since the Brazilian theory of Antropofagia first gained traction with postcolonial translation theorists in the 1990s, 'cannibal translations' have referred to translational procedures that challenge and deny a hierarchical relation between European and non-European cultural production. This article first tracks the uptake of Oswaldian Antropofagia via analyses of Haroldo de Campos's translation theories, then considers the ways in which the contemporary anthropological theory elaborated by Eduardo Viveiros de Castro shifts our understanding of both 'cannibals' and 'translation'. Ultimately, I argue that Castro's work extends and strengthens the value of a 'cannibal' model for postcolonial literary translation by offering a theory of cultural contact—and hence translation—that is envisioned from the perspective of the colonial Other.Resumo:A imagem do 'canibal' se situa na convergência daquilo que se entende e do que não pode ser compreendido como ser 'humano'. Devido a esta posição fronteiriça, a antropofagia surgiu como um signo produtivo na área dos Estudos da Tradução. Desde os anos 90, período no qual a teoria brasileira da antropofagia primeiramente atraiu a atenção de teoristas da tradução, a frase 'traduções canibais' tem-se referido a traduções que desafiam e negam a relação hierárquica entre a produção cultural europeia e não-europeia. Neste artigo rastreamos a difusão da antropofagia oswaldiana por meio da análise das teorias de tradução de Haroldo de Campos, e propomos que a teoria antropológica contemporânea elaborada por Eduardo Viveiros de Castro nos ajuda em deslocar conceitos ocidentais tanto do 'canibal' quanto da 'tradução'. Ultimamente, argumentamos que as escritas de Viveiros de Castro amplificam e fortalecem a aplicabilidade do modelo teórico do 'canibal' para com a tradução literária através de uma teoria universal do contacto cultural—e portanto da tradução—vista da perspetiva do Outro colonial.","PeriodicalId":42713,"journal":{"name":"PORTUGUESE STUDIES","volume":"38 1","pages":"74 - 89"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-12-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"PORTUGUESE STUDIES","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1353/port.2022.0014","RegionNum":4,"RegionCategory":"社会学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"HUMANITIES, MULTIDISCIPLINARY","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Abstract:The liminal position of the 'cannibal', at the convergence of what can and cannot be understood as truly 'human', has made 'anthropophagy' a productive sign in the field of Translation Studies. Since the Brazilian theory of Antropofagia first gained traction with postcolonial translation theorists in the 1990s, 'cannibal translations' have referred to translational procedures that challenge and deny a hierarchical relation between European and non-European cultural production. This article first tracks the uptake of Oswaldian Antropofagia via analyses of Haroldo de Campos's translation theories, then considers the ways in which the contemporary anthropological theory elaborated by Eduardo Viveiros de Castro shifts our understanding of both 'cannibals' and 'translation'. Ultimately, I argue that Castro's work extends and strengthens the value of a 'cannibal' model for postcolonial literary translation by offering a theory of cultural contact—and hence translation—that is envisioned from the perspective of the colonial Other.Resumo:A imagem do 'canibal' se situa na convergência daquilo que se entende e do que não pode ser compreendido como ser 'humano'. Devido a esta posição fronteiriça, a antropofagia surgiu como um signo produtivo na área dos Estudos da Tradução. Desde os anos 90, período no qual a teoria brasileira da antropofagia primeiramente atraiu a atenção de teoristas da tradução, a frase 'traduções canibais' tem-se referido a traduções que desafiam e negam a relação hierárquica entre a produção cultural europeia e não-europeia. Neste artigo rastreamos a difusão da antropofagia oswaldiana por meio da análise das teorias de tradução de Haroldo de Campos, e propomos que a teoria antropológica contemporânea elaborada por Eduardo Viveiros de Castro nos ajuda em deslocar conceitos ocidentais tanto do 'canibal' quanto da 'tradução'. Ultimamente, argumentamos que as escritas de Viveiros de Castro amplificam e fortalecem a aplicabilidade do modelo teórico do 'canibal' para com a tradução literária através de uma teoria universal do contacto cultural—e portanto da tradução—vista da perspetiva do Outro colonial.
期刊介绍:
The only English-language journal devoted to the literature, culture, and history of Portugal, Brazil, and the Portuguese-speaking countries of Africa. Launched in 1985, it received the "Best New Journal Award" of the Conference of Editors of Learned Journals in 1987. It publishes articles, translations, previously unpublished historical and literary texts, bibliographical information, and a survey of research and reviews.