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Abstract
A Educação de Pessoas Jovens e Adultas (EPJA) deveria ser uma modalidade educacional direcionada a se almejar uma identidade responsável e adequada a todos que a ela recorressem e não apenas uma simples proposta de inserção de um sujeito estudante-aprendiz no mercado de trabalho. Objetiva-se então neste estudo refletir sobre a necessidade de uma proposta pedagógica diferenciada, que pudesse ser planejada com uma concepção educacional que responda amplamente as necessidades da população jovem e adulta. Para tanto, procedeu-se uma análise crítica da literatura acerca dos obstáculos que envolvem educação de pessoas jovens e adultos buscando refletir quanto aos dilemas e perspectivas presentes neste contexto, pontuando-se também o papel das políticas públicas educacionais no Brasil que historicamente vem sendo marcadas por experiências frágeis e descontínuas alicerçadas pelo descaso governamental que foram estudadas sob metodologia de revisão narrativa. Quanto aos resultados, pode-se afirmar que se vivencia uma apreensão em não se ajustar mudanças estruturais na ordem societária, fomentado medidas que clareiam as consequências das opções sociopolíticas e econômicas oriundas da classe dominante com seus interesses corporativos do capital. O que se conclui através do estudo é que os obstáculos político-pedagógicos evidenciam que a EPJA está inserida em notórias imprecisões com recuos nos escassos avanços políticos que vinham sendo conquistados, sendo agora ainda mais intensificados com as decisões tomadas recentemente pelo governo federal que retratam o desinteresse ideológico e político que reforçam acentuadamente a exclusão social e educacional.