{"title":"Piaget e a psicanálise: um diálogo no avesso da patologização da infância","authors":"Mariana Inês Garbarino","doi":"10.36482/1809-5267.arbp2021v73i3p.80-96","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A patologização da infância constitui um fenômeno que, embora contradiga as bases da epistemologia genética, tem sido pouco abordado nos trabalhos piagetianos con-temporâneos quando comparado com os psicanalíticos. Piaget manteve diálogo com a psicanálise freudiana desde o início da sua obra, em uma tentativa de articulação que continuou ativa em autores do âmbito da psicologia e da educação. O presente artigo revisita esse diálogo sob um novo prisma: a problematização da lógica indi-vidualizante do fracasso escolar e da patologização. Para isso, propõe três eixos de confluência teórica que envolvem ressonâncias clínicas e éticas. Conclui que a articu-lação entre ambas as teorias não só mantém sua vigência, mas também se mostra fecunda para discutir os atuais reducionismos do desenvolvimento infantil.","PeriodicalId":84203,"journal":{"name":"Arquivos brasileiros de psicologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Arquivos brasileiros de psicologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.36482/1809-5267.arbp2021v73i3p.80-96","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A patologização da infância constitui um fenômeno que, embora contradiga as bases da epistemologia genética, tem sido pouco abordado nos trabalhos piagetianos con-temporâneos quando comparado com os psicanalíticos. Piaget manteve diálogo com a psicanálise freudiana desde o início da sua obra, em uma tentativa de articulação que continuou ativa em autores do âmbito da psicologia e da educação. O presente artigo revisita esse diálogo sob um novo prisma: a problematização da lógica indi-vidualizante do fracasso escolar e da patologização. Para isso, propõe três eixos de confluência teórica que envolvem ressonâncias clínicas e éticas. Conclui que a articu-lação entre ambas as teorias não só mantém sua vigência, mas também se mostra fecunda para discutir os atuais reducionismos do desenvolvimento infantil.