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Abstract
O artigo parte de uma ação realizada pelo artista chileno Alfredo Jaar em agosto de 2019, na cidade de Edimburgo. Trata-se de uma obra intitulada “I can’t go on, I’ll go on”. Mobilizando referências de autores como Guy Debord, Georges Didi-Huberman e Susan Buck-Morss, o texto é uma interrogação sobre o estatuto das imagens no mundo contemporâneo e seus modos de insurgência diante dos mecanismos de dominação e sujeição. A pergunta fundamental é: em um mundo saturado de imagens que reforçam opressões, como conceber outros regimes visuais que não sejam capturados pela tríade do neoliberalismo – colonialismo – fascismo? Propondo cruzamentos entre perspectivas filosóficas e referências da psicanálise de Freud e Lacan, buscamos pensar, junto às práticas artísticas de Alfredo Jaar, como certas imagens se constituem como um embate direto com esse problema, criando formas de fazer aparecer parcelas de humanidade em uma visualidade cada vez mais anestesiada pela violência total do espetáculo.