{"title":"Os particípios rizotônicos emergentes no português brasileiro e sua gênese histórica","authors":"Luiz Henrique Milani Queriquelli","doi":"10.11606/ISSN.2176-9419.V20I1P47-59","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho visa investigar a formação histórica de particípios rizotônicos emergentes no português brasileiro (como: “tinha falo, tinha compro, tinha chego, tinha perco, tinha trago, tinha escrevo, tinha faço”, entre outros) a partir de duas perguntas investigativas básicas: de onde vem a avaliação social e/ou estilística positiva para formas rizotônicas (não apenas as emergentes, mas todas); e como surge essa variante emergente aparentemente espelhada na forma da primeira pessoa do indicativo presente. Com relação à primeira questão, o trabalho sugere que o início da valorização prestigiosa das formas rizotônicas está correlacionado aos processos de derivação erudita intensificados durante o período do “português clássico”, por volta dos séculos XV e XVI. Quanto à segunda pergunta, os dados encontrados sugerem que essa variante surge ainda no romance, a partir de – entre outros processos – verbos de aspecto intensivo, que a partir do séc. IV tiveram o seu emprego restrito a contruções passivas analíticas.","PeriodicalId":30297,"journal":{"name":"Filologia e Linguistica Portuguesa","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Filologia e Linguistica Portuguesa","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2176-9419.V20I1P47-59","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este trabalho visa investigar a formação histórica de particípios rizotônicos emergentes no português brasileiro (como: “tinha falo, tinha compro, tinha chego, tinha perco, tinha trago, tinha escrevo, tinha faço”, entre outros) a partir de duas perguntas investigativas básicas: de onde vem a avaliação social e/ou estilística positiva para formas rizotônicas (não apenas as emergentes, mas todas); e como surge essa variante emergente aparentemente espelhada na forma da primeira pessoa do indicativo presente. Com relação à primeira questão, o trabalho sugere que o início da valorização prestigiosa das formas rizotônicas está correlacionado aos processos de derivação erudita intensificados durante o período do “português clássico”, por volta dos séculos XV e XVI. Quanto à segunda pergunta, os dados encontrados sugerem que essa variante surge ainda no romance, a partir de – entre outros processos – verbos de aspecto intensivo, que a partir do séc. IV tiveram o seu emprego restrito a contruções passivas analíticas.