{"title":"Hipótese de intertextualidade de Jr 4,5-31 em Gn 1,1-2,4b","authors":"Osvaldo Luiz Ribeiro","doi":"10.22351/ET.V58I2.3170","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Artigo exegético. Procura-se analisar a hipótese de Gn 1,1-2,4b ter-se servido de Jr 4,5-31. Em geral, a pesquisa opera com a hipótese contrária: Jr 4,5-31 teria se servido de Gn 1,1-3. Para defender a hipótese de que Gn 1,1-3 pode ter-se servido de Jr 4,23-26, e não necessariamente o contrário, propõe-se recuperar o sentido histórico das imagens evocadas na cosmogonia, afastando-o da tradicional perspectiva de vinculá-las à ideia de “caos”, própria da tradição grega e judaico-cristãs. Como resultado da operação, os termos empregados em Gn 1,1-3 podem ser lidos na mesma dimensão com que aparecem em Jr 4,23-26: lá, servem para descrever “descriação” – isto é, a destruição de Jerusalém –, enquanto cá servem para descrever a própria “criação” – isto é, a reconstrução de Jerusalém. Gn 1,1-3 teria empregado as imagens que empregou, porque Jr 4,5-31 as havia empregado. Inclusive, o que não se tem observado, a noção de רוּחַ como o agente da “descriação”.","PeriodicalId":53914,"journal":{"name":"Estudos Teologicos","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2018-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estudos Teologicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22351/ET.V58I2.3170","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"RELIGION","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Artigo exegético. Procura-se analisar a hipótese de Gn 1,1-2,4b ter-se servido de Jr 4,5-31. Em geral, a pesquisa opera com a hipótese contrária: Jr 4,5-31 teria se servido de Gn 1,1-3. Para defender a hipótese de que Gn 1,1-3 pode ter-se servido de Jr 4,23-26, e não necessariamente o contrário, propõe-se recuperar o sentido histórico das imagens evocadas na cosmogonia, afastando-o da tradicional perspectiva de vinculá-las à ideia de “caos”, própria da tradição grega e judaico-cristãs. Como resultado da operação, os termos empregados em Gn 1,1-3 podem ser lidos na mesma dimensão com que aparecem em Jr 4,23-26: lá, servem para descrever “descriação” – isto é, a destruição de Jerusalém –, enquanto cá servem para descrever a própria “criação” – isto é, a reconstrução de Jerusalém. Gn 1,1-3 teria empregado as imagens que empregou, porque Jr 4,5-31 as havia empregado. Inclusive, o que não se tem observado, a noção de רוּחַ como o agente da “descriação”.