Luís Eduardo de Souza Gazal, Kelly Cristina Tagliari De Brito, L. Cavalli, R. Kobayashi, G. Nakazato, L. Otutumi, Augusto César Da Cunha, José Antônio Simões Pires Neto, Benito Guimaraes De Brito
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Abstract
A patogenia de Salmonella em peixes é desconhecida e diversas são as formas de contaminação do pescado por este microrganismo, sem relatos que esclareçam sua função como agente etiológico ou como pertencente à microbiota destes animais. Em diversos países esta bactéria é responsável por milhões de casos de Salmonelose e as salmonelas paratíficas são as principais causadoras de doenças associadas ao consumo de peixes e crustáceos. Vários fatores podem influenciar na segurança dos alimentos da aquicultura, como o tipo das espécies cultivadas, localização dos criadouros, práticas de cultivo e manejo, preparo e consumo do pescado. Além disso, a escassez de saneamento básico ou disposição de rejeitos animais e humanos de forma inapropriada contribuem para a poluição desses ambientes. A contaminação do ecossistema aquático por Salmonella torna o ambiente uma fonte de disseminação desta bactéria. A crescente expansão da aquicultura como fonte de alimentos reforça a importância de um sistema de controle em todas as etapas necessárias para a produção e processamento de pescados. Através de práticas de manejo como o uso de temperaturas adequadas nas criações, uso controlado de antimicrobianos e adoção de medidas higiênico-sanitárias durante a produção e comercialização, é possível evitar a disseminação de enterobactérias na aquicultura. Apesar de ainda ser desconhecida sua importância para a sanidade do pescado, medidas de controle da qualidade da água e ração, higiene dos tanques e procedência de alevinos devem ser consideradas para prevenção de Salmonella em peixes uma vez que esta bactéria é um importante patógeno veiculado por alimentos.