{"title":"caminhos de Manarairema: mediação editorial e recepção de José J. Veiga","authors":"Rafael Vinicius Costa Corrêa, Thiago Mio Salla","doi":"10.5007/2175-7917.2022.e85277","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo busca analisar a recepção crítica de duas narrativas de José J. Veiga: o conto “A Usina Atrás do Morro”, presente no livro Os Cavalinhos de Platiplanto (1959), e o primeiro romance do escritor, A Hora dos Ruminantes (1966). Ainda que com temáticas semelhantes e publicados em espaços de tempo relativamente próximos, esses escritos recebem leituras marcadamente diversas: enquanto associa-se o primeiro ao “absurdo” e ao “fantástico” de matrizes kafkianas, toma-se o segundo, majoritariamente como uma alegoria política. Com o objetivo de examinar diferentes matizes de tais interpretações divergentes, mobilizam-se dados relativos ao contexto histórico e editorial de ambos os textos, tomando-se como referência, sobretudo, trabalhos de Chartier e Hallewell. Em linhas gerais, os dois pesquisadores corroboram e municiam, cada um à sua maneira, uma perspectiva articulada de estudo da literatura que, para além de investigar elementos intrínsecos às obras, busca compreender os processos que permeiam a composição, circulação e recepção destas enquanto livros.","PeriodicalId":30964,"journal":{"name":"Anuario de Literatura","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-11-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anuario de Literatura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2022.e85277","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo busca analisar a recepção crítica de duas narrativas de José J. Veiga: o conto “A Usina Atrás do Morro”, presente no livro Os Cavalinhos de Platiplanto (1959), e o primeiro romance do escritor, A Hora dos Ruminantes (1966). Ainda que com temáticas semelhantes e publicados em espaços de tempo relativamente próximos, esses escritos recebem leituras marcadamente diversas: enquanto associa-se o primeiro ao “absurdo” e ao “fantástico” de matrizes kafkianas, toma-se o segundo, majoritariamente como uma alegoria política. Com o objetivo de examinar diferentes matizes de tais interpretações divergentes, mobilizam-se dados relativos ao contexto histórico e editorial de ambos os textos, tomando-se como referência, sobretudo, trabalhos de Chartier e Hallewell. Em linhas gerais, os dois pesquisadores corroboram e municiam, cada um à sua maneira, uma perspectiva articulada de estudo da literatura que, para além de investigar elementos intrínsecos às obras, busca compreender os processos que permeiam a composição, circulação e recepção destas enquanto livros.
本文旨在分析jose J. Veiga的两种叙事的批评接受情况:短篇小说“a Usina atras do Morro”,出现在Os Cavalinhos de Platiplanto(1959)和作者的第一部小说《反刍动物的时刻》(1966)。尽管主题相似,并在相对较近的时间发表,这些作品得到了明显不同的解读:前者与卡夫卡矩阵的“荒谬”和“幻想”联系在一起,后者主要被视为政治寓言。为了检验这些不同解释的不同细微差别,我们使用了与这两篇文本的历史和编辑背景相关的数据,主要参考了Chartier和Hallewell的作品。总的来说,这两位研究人员以各自的方式确证和提供了文学研究的清晰视角,除了调查作品的内在元素,还试图理解这些作品作为书籍的构成、流通和接受的过程。