Alessandro Donaire de Santana, João Osvaldo Rodrigues Nunes
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Abstract
A Geografia tem como primazia a análise e compreensão dos fenômenos materializados no espaço geográfico, uma vez que considera as múltiplas nuances da relação sociedade-natureza e suas contradições subjacentes. Por isso, este artigo traz os principais elementos que sintetizam o modus operandi dessa relação, considerando o capitalismo e seu modelo de desenvolvimento ancorado na exploração massiva dos recursos naturais, o papel do Estado na regulamentação da atuação dos agentes do poder econômico na produção do espaço geográfico e, por conseguinte, a degradação ambiental resultante desse processo. Este fio condutor de análise também evidencia o aprofundamento da desigual relação entre as nações centrais, maiores consumidoras dos recursos naturais, e as periféricas, ainda eminentemente fornecedoras de gêneros primários e as que mais sofrem com os impactos ambientais em seus territórios. Neste contexto, o Brasil emerge como um dos maiores expoentes dessa lógica deletéria. Portanto, é necessária uma mudança de postura que permita o nascimento de novas formas de relação da humanidade com a natureza e, assim, diminuir a grave degradação ambiental verificada na contemporaneidade.