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Abstract
O artigo resulta de pesquisa teórica de caráter ensaístico sobre a proposta de Maturana a questão do conhecimento e suas implicações à formação de professores para o Ensino de Ciências. Metodicamente o ensaio estrutura-se a partir da perspectiva da hermenêutica crítica, constituindo-se em esforço de compreensão fenomenológica da implicação da proposta de Maturana para o campo do ensino e da formação de professores. Embora o autor não tenha pensado sua proposta nessa direção, é possível, ao apropriar-se de seu projeto, transpô-lo para condições que ultrapassam seus objetivos iniciais. Nosso objetivo aqui foi de explicitar a tese central do autor estudado que é: vivemos em um mundo com os outros seres vivos e compartilhamos com eles do processo vital. Por isso, os acontecimentos do mundo que nos cerca não são anteriores à nossa experiência, pois nossa trajetória de vida nos faz construir nosso conhecimento do mundo, sabendo que esse também constrói seu conhecimento a nosso respeito. Assim, podemos afirmar que o conhecimento se dá pela interação do ser vivo com o meio e do meio com o ser vivo, e nesse processo ambos passam por modificações e essas vão alterando por completo nossa
condição existencial. O texto tende a concluir que as reflexões apresentadas são sempre um convite para que possamos nos questionar sobre o processo de ensino de ciências, ou seja, é uma forma de nos inquietar sobre a forma como estamos fazendo ciências e como estamos ensinando como parte de um processo de formação do humano.