{"title":"Gênero, Ciência e fecundação Humana em Pauta: compreensões estabelecidas por alunos/as da educação básica durante uma intervenção didática","authors":"Ana Paula Oliveira dos Santos, B. Heerdt","doi":"10.17227/BIO-GRAFIA.VOL.13.NUM24-12361","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Vivemos em uma sociedade permeada por relações desiguais de gênero que também influenciam a ciência. Na biologia, gênero é identificado nas descrições do processo de fecundação humana, nas quais o ovócito é invisibilizado. No momento do ensino e aprendizagem, discriminações podem ser reafirmadas de forma naturalizada. O objetivo desta investigação é analisar os conhecimentos das/os alunas/os da educação básica a respeito da ciência, gênero e suas relações, além de possíveis estereótipos de gênero na descrição do processo de fecundação humana, antes e depois de participarem de uma intervenção pedagógica nomeada de “A visibilidade do ovócito no processo de fecundação humana”. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário prévio e posterior a unidade didática. Para a análise dos dados foram elaboradas unidades de contexto e de registro. Previamente, a maioria entendiam ciência como uma forma de estudo e gênero de forma binária (homem e mulher); as relações entre gênero e ciência eram compreendidas como a ciência estudando o gênero e o único gameta enfatizado nos discursos era o espermatozoide. Após as discussões passaram a citar o caráter social da ciência e as descrições do processo de fecundação humana tornaram-se mais equânimes. O conceito de gênero permaneceu sendo descrito de forma binária. As relações entre gênero e ciência foram percebidas na proporção de homens e mulheres na ciência e gênero influenciando os conhecimentos científicos. Essas temáticas precisam ser constantemente abordadas na escola, uma vez que são complexas e socialmente naturalizadas. \n \n ","PeriodicalId":31080,"journal":{"name":"Biografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Biografia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17227/BIO-GRAFIA.VOL.13.NUM24-12361","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 1
Abstract
Vivemos em uma sociedade permeada por relações desiguais de gênero que também influenciam a ciência. Na biologia, gênero é identificado nas descrições do processo de fecundação humana, nas quais o ovócito é invisibilizado. No momento do ensino e aprendizagem, discriminações podem ser reafirmadas de forma naturalizada. O objetivo desta investigação é analisar os conhecimentos das/os alunas/os da educação básica a respeito da ciência, gênero e suas relações, além de possíveis estereótipos de gênero na descrição do processo de fecundação humana, antes e depois de participarem de uma intervenção pedagógica nomeada de “A visibilidade do ovócito no processo de fecundação humana”. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário prévio e posterior a unidade didática. Para a análise dos dados foram elaboradas unidades de contexto e de registro. Previamente, a maioria entendiam ciência como uma forma de estudo e gênero de forma binária (homem e mulher); as relações entre gênero e ciência eram compreendidas como a ciência estudando o gênero e o único gameta enfatizado nos discursos era o espermatozoide. Após as discussões passaram a citar o caráter social da ciência e as descrições do processo de fecundação humana tornaram-se mais equânimes. O conceito de gênero permaneceu sendo descrito de forma binária. As relações entre gênero e ciência foram percebidas na proporção de homens e mulheres na ciência e gênero influenciando os conhecimentos científicos. Essas temáticas precisam ser constantemente abordadas na escola, uma vez que são complexas e socialmente naturalizadas.