{"title":"UM EXTRAVAGANTE MANTO MÍSTICO COBRE O CORPO FENDIDO DO CANGACEIRO","authors":"Mariana W. von Hartenthal","doi":"10.19177/rcc.v16e120217-18","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo utiliza uma perspectiva dos estudos de gênero para examinar a exuberante indumentária criada pelo bando de cangaceiros liderados por Lampião, especialmente durante os anos 1930. Parte do argumento de Judith Butler (1990) sobre a superficialidade da construção do gênero e de uma fotografia de Lampião e Maria Bonita tirada por Benjamin Abrahão para propor que o traje cangaceiro funcionava como forma de recompor misticamente o corpo “aberto” do guerreiro masculino, fraturado pela presença de mulheres no bando. Utiliza a teoria de Mary Douglas (1966) sobre a relação entre os limites do corpo e os limites sociais para compreender as negociações de gênero que se manifestaram sobre as superfícies dos objetos do cangaço.","PeriodicalId":55625,"journal":{"name":"Revista Critica Cultural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-08-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Critica Cultural","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.19177/rcc.v16e120217-18","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERARY THEORY & CRITICISM","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo utiliza uma perspectiva dos estudos de gênero para examinar a exuberante indumentária criada pelo bando de cangaceiros liderados por Lampião, especialmente durante os anos 1930. Parte do argumento de Judith Butler (1990) sobre a superficialidade da construção do gênero e de uma fotografia de Lampião e Maria Bonita tirada por Benjamin Abrahão para propor que o traje cangaceiro funcionava como forma de recompor misticamente o corpo “aberto” do guerreiro masculino, fraturado pela presença de mulheres no bando. Utiliza a teoria de Mary Douglas (1966) sobre a relação entre os limites do corpo e os limites sociais para compreender as negociações de gênero que se manifestaram sobre as superfícies dos objetos do cangaço.