Yara Fernanda Chimite, J. A. Saraiva, Sandra Portella Montardo
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Abstract
Este artigo analisa o conto “A maior ponte do mundo”, de Domingos Pellegrini, com enfoque no entrelaçamento entre a narrativa literária e a narrativa histórica. Publicado originalmente em 1977 na coletânea O homem vermelho, primeiro livro do autor, o conto relata as experiências de dois eletricistas na construção da ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro, no ano de 1974. A narrativa centra-se, portanto, em um evento factual, dando-lhe, todavia, um tratamento fictício. Dessa forma, o artigo investiga as aproximações e distanciamentos entre literatura e história, explorando o modo como o fato histórico é reimaginado em uma narrativa que, por ser ficcional, expressa sentimentos e pensamentos possíveis dos envolvidos no episódio. Examina, ainda, como as escolhas estéticas do autor – concepção das personagens, linguagem marcadamente coloquial, ritmo narrativo acelerado – colaboram para construir um efeito de verossimilhança que convida o leitor a retomar os acontecimentos do passado, a reconfigurá-los no tempo presente e a melhor compreender sua própria historicidade.