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Abstract
Este trabalho tem como foco a emergência de uma geração de psicanalistas mulhe-res, nos anos 1920, cuja autoria foi reconhecida e que encontrou um lugar na his-tória do movimento psicanalítico. A partir de um breve contraste com a geração de psicanalistas mulheres dos anos 1910, o artigo interroga: o que tornou possível às analistas dos anos 1920 ocuparem um novo lugar? Nesse sentido, realçamos dois processos: o avanço das lutas feministas, encarnadas no movimento sufragista, e a abertura de um tempo em que as controvérsias, no movimento psicanalítico, não implicam, necessariamente, rupturas. A partir do Congresso de Berlim, em 1922, três temas dominaram os debates: a formalização da prática clínica, a análise de crianças e a sexualidade feminina. Nossa hipótese é de que o problema do feminino perpassa esses três temas como efeito de uma marca instaurada pela geração de 1910, que a de 1920 ativa, retrospectivamente.