{"title":"ENTRAVES À POLÍTICA PÚBLICA PARA A AGRICULTURA FAMILIAR (PPAF) OBSERVADOS PELA LENTE DO CAMPESINATO","authors":"D. D. Ribeiro, José Wellington Abreu Pereira","doi":"10.5216/REVGEOAMB.VI37.61332","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"No Brasil, a decada de 1990 foi o marco de ajustes do campo as politicas neoliberais. Ao Estado coube pavimentar as vias para o agricultor familiar trilhar a ascensao socioeconomica, por meio das PPAFs. A validacao da expressao AF esta relacionada as politicas publicas, cuja (in)eficiencia guarda relacao com o perfil do sujeito para o qual foram gestadas. Contudo, o “agricultor familiar normatizado” nao corresponde, exatamente, ao sujeito que vive no campo e esta incoerencia (norma versus materialidade), explica, em parte, a subutilizacao dos recursos empenhados as Politicas. Foram usados dados do Brasil e do estado do Tocantins (Censos Agropecuarios de 2006 e 2017, Transparencia Publica PAA/CONAB, Contas Online/FNDE) para verificar estabelecimentos agropecuarios, valores empenhados a PPAFs e percentual efetivamente acessado e executado. Considera-se que o baixo uso dos recursos se deve, de certa forma, aquela incoerencia: as Politicas sao desenhadas com base num/mirando um sujeito normatizado/idealizado, ao passo em que o sujeito real tem peculiaridades nao consideradas pelos idealizadores/gestores. Isso dificulta o acesso as PPAFs e a aplicacao dos seus recursos, visto que o sujeito material nem sempre dispoe de todos os meios (materiais e imateriais) exigidos para executar os projetos que, a principio, teriam sido gestados para servi-lo.","PeriodicalId":41234,"journal":{"name":"Geoambiente On-line","volume":"1 1","pages":"104-122"},"PeriodicalIF":0.2000,"publicationDate":"2020-06-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Geoambiente On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5216/REVGEOAMB.VI37.61332","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"GEOSCIENCES, MULTIDISCIPLINARY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
No Brasil, a decada de 1990 foi o marco de ajustes do campo as politicas neoliberais. Ao Estado coube pavimentar as vias para o agricultor familiar trilhar a ascensao socioeconomica, por meio das PPAFs. A validacao da expressao AF esta relacionada as politicas publicas, cuja (in)eficiencia guarda relacao com o perfil do sujeito para o qual foram gestadas. Contudo, o “agricultor familiar normatizado” nao corresponde, exatamente, ao sujeito que vive no campo e esta incoerencia (norma versus materialidade), explica, em parte, a subutilizacao dos recursos empenhados as Politicas. Foram usados dados do Brasil e do estado do Tocantins (Censos Agropecuarios de 2006 e 2017, Transparencia Publica PAA/CONAB, Contas Online/FNDE) para verificar estabelecimentos agropecuarios, valores empenhados a PPAFs e percentual efetivamente acessado e executado. Considera-se que o baixo uso dos recursos se deve, de certa forma, aquela incoerencia: as Politicas sao desenhadas com base num/mirando um sujeito normatizado/idealizado, ao passo em que o sujeito real tem peculiaridades nao consideradas pelos idealizadores/gestores. Isso dificulta o acesso as PPAFs e a aplicacao dos seus recursos, visto que o sujeito material nem sempre dispoe de todos os meios (materiais e imateriais) exigidos para executar os projetos que, a principio, teriam sido gestados para servi-lo.